Na última segunda-feira (23), a escola EMEF PROFESSORA MARIA ISTELA MODENESI realizou uma palestra do projeto de intervenção “Diálogo Formativos: empoderamento do homem negro na atualidade, realizada pelo controlador de tráfego aéreo, engenheiro de formação e acadêmico de Ciência Contábeis na UFES, Luiz Gustavo que alegou sofrer pelos problemas expostos pela escola ao longo de sua vida.
Foram convidados para o projeto por volta de 50 alunos das turmas do 7°s e 8°s anos para participar da roda de conversa.
A iniciativa aconteceu após a percepção de professores da escola quanto à baixa autoestima dos alunos no retorno as aulas pós-pandemia, principalmente negros, de baixa renda e da periferia que eram a maioria, com uma taxa de 90% de estudantes enquadrados nessa condição.
Além disso, como consequência, os estudantes estavam apresentando muitas dificuldades na aprendizagem, e consequentemente, aumentando a indisciplina nos espaços escolares.
“Como tive um histórico familiar semelhante, e foi preciso que eu superasse algumas barreiras sociais, como origem familiar de baixíssima renda, preconceito racial, a falta de alta estima e entre tantos outros fatores no decorrer da minha vida, a diretora, me convidou para ter este bate-papo com estes jovens”, disse o palestrante Luiz.
Além disso, como consequência, os estudantes estavam apresentando muitas dificuldades na aprendizagem, e consequentemente, aumentando a indisciplina nos espaços escolares.
Segundo a pedagoga Norma Lopes e a Diretora Marciele, organizadoras da ação juntamente com o palestrante Luiz, o propósito principal do projeto foi reunir os estudantes com um homem que teria passado por problemas semelhantes aos deles, e teria alcançado seus objetivos.
“Realizamos este momento de escuta na tentativa de romper com os estereótipos preconcebidos acerca dos indivíduos ali presentes, que por muitas vezes sofrem racismo dentro da própria família. Em um atendimento a mãe de um aluno, fiquei muito preocupada quando em minha frente a mãe demonstrou orientar seu filho para ser submisso por ser negro. Imediatamente realizei uma intervenção”, disse.
Antes da iniciativa desta segunda, Norma juntamente com a escola tem realizado mais palestras, debates e prestigiado alguns alunos envolvidos em vários projetos internos e externos, principalmente com nossos alunos enquadrados nas situações de problemáticas étnicas- raciais.
“Sabemos que para desconstruir tais estereótipos é preciso não somente a intervenção no dia a dia da escola, mas que está intervenção seja contínua. Criar momentos de debates meditações entre as crianças e adolescentes contribui em grande medida para que eles se tornem protagonistas das próprias histórias”, acrescentou a pedagoga.