Cinco pessoas perderam a vida para a tuberculose de janeiro a 17 de dezembro deste ano. As informações são da Prefeitura da Serra que disse ainda que em 2020, foram registrados oito óbitos em decorrência da doença.
A Secretaria de Saúde da Serra informou ainda que, em 2020, foram registrados 143 casos de tuberculose no município, contra 152, em 2021.
A Prefeitura salienta que, a Serra o único município da Grande Vitória que tem o Programa de Tuberculose descentralizado.
O município oferece o programa de tratamento da doença em todas as seis Unidades Regionais de Saúde, Boa Vista, Novo Horizonte, Jacaraípe, Serra Sede, Serra Dourada e Feu Rosa. O programa também está sendo implantado na Unidade Básica de Saúde de Nova Almeida.
A porta de entrada para o serviço são as Unidades Básicas de Saúde, que fazem a investigação da tuberculose, através de coleta de escarro e Raio-X. Nos casos positivos ou de negativos, mas que ainda restam suspeitas, o paciente é encaminhado para o médico do Programa de Tuberculose, na Regional de Saúde. Já no caso das mostras negativas, mas que ainda deixem suspeitas sobre o diagnóstico da doença.
Na Unidade Regional de Boa Vista, o programa conta com um médico pneumologista para adulto e uma médica pneumologista pediátrica, que atende os casos mais complexos, além dos pacientes do território e as crianças, encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde. Hoje, a Unidade Regional de Boa Vista é referência para casos mais complexos de diagnóstico e tratamento.
Ainda segundo a Secretaria de Saúde da Serra, o teste tuberculínico (PPD) é realizado nas regionais de Boa Vista, Serra Dourada, Jacaraípe e Feu Rosa. Esse é um exame oferecido para todos os contatos de pacientes com tuberculose, bem como para todos pacientes com HIV e pacientes que tem patologia imunossupressora.
Vale lembrar a tuberculose possui vacina e tratamento confirmado cientificamente, ao contrário da Covid-19. A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. A apresentação pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a principal responsável pela transmissão da doença.
De acordo com a Secretaria de Saúde da Serra, no caso de sintomas, o usuário do Sistema Único de Saúde deverá procurar a unidade de saúde mais próxima da sua para receber o atendimento.
O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, recomenda-se que toda pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigada para tuberculose. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como febre vespertina, sudorese noturna (suor), emagrecimento e cansaço ou fadiga. A pessoa que tiver sintomas de tuberculose deve procurar uma unidade de saúde mais próxima da sua casa.
O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada pelo SUS, protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades básicas de saúde e maternidades. Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias.
O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). São utilizadas quatro medicações para o tratamento dos casos de tuberculose que utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.
A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da inalação de aerossóis das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas em forma de aerossóis contendo bacilos.
Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento, ela se encontra muito reduzida. No entanto, o ideal é que as medidas de controle sejam implantadas até que haja a negativação, tais como cobrir a boca com o braço ou lenço ao tossir e manter o ambiente bem ventilado, com bastante luz natural.
O bacilo é sensível à luz solar e a circulação de ar possibilita a dispersão das partículas infectantes. Por isso, ambientes ventilados e com luz natural direta diminuem o risco de transmissão.