Durante CPI da Covid, Contarato acusa Pazuello de crime contra a vida

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Senador Fabiano Contarato. Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
Enquanto a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid continua pautando a política nacional, já que vem promovendo uma devassa nas ações do Governo federal, no que tange ao enfrentamento da crise do novo coronavírus, o senador capixaba Fabiano Contarato (Rede) segue participando de todas as oitivas e apontando os deslizes da administração federal diante da crise sanitária.
O capixaba esteve na tarde desta quinta-feira (20), frente a frente com o ex-ministro Eduardo Pazuello. Na ocasião, acusou o general da ativa de crime contra a vida.
Segundo Contarato, Pazuelo errou durante a gestão à frente do Ministério da Saúde, cometeu crimes de responsabilidade, foi omisso e “tem suas digitais nessas 441 mil mortes em decorrência da Covid-19”.
O senhor, como general, sabe o que é uma ordem manifestamente legal? A digital do senhor está nestas mortes aqui, isso é um fato incontestável. O senhor falar que saiu com a “missão cumprida”… só se a missão para cumprir fosse agravar a pandemia.
E aí a responsabilidade do senhor e do presidente da República, do ministro das relações exteriores, Araújo, e da Secom ela é diretamente por ação e por omissão. Porque eu volto a falar, o resultado de que depende a existência de um crime só é imputável a quem lhe deu causa. E considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. E se não fosse esse comportamento inadequado, omissivo, criminoso que vocês fizeram nós não teríamos esses 441 mil”, começou Contarato.
O capixaba prosseguiu dizendo que o Brasil se tornou uma vergonha para o mundo.
“Está sendo violado o principal bem jurídico, que é a vida humana. O senhor tem que ter responsabilidade com isso, e eu espero que essa Comissão Parlamentar de Inquérito, mesmo eu não sendo membro, que tenha a altivez de apurar essa responsabilidade, independente de ideologia, porque não estou falando de ideologia, estou falando de vítimas. Aqui, se era da base do governo, se não era da base do governo. São vidas humanas. O principal bem jurídico foi violado, e a digital do senhor está nestas mortes, como a digital do presidente da República, como a digital de todos os ministros que passaram por lá, como a digital do ministro das relações exteriores”, finalizou.

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Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 21 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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