O Centro Cultural Eliziário, em São Diogo, na Serra, vai promover neste fim de semana uma série de agendas antes de seu recesso que encerrará as atividades de 2019 no espaço. A programação terá mostra de filmes, palestra e ainda Auto de Natal.
Sábado (14) e domingo (15) vai ter aperfeiçoamento em hipertensão e diabetes e suas terapias alternativas com Gustavo Costa, das 8h30 às 12h. O valor para participar é R$ 20.
No sábado (14), às 19 horas, acontece o Mostra Curtas, cujo tema desta edição é ‘Fascismo’. A entrada é gratuita e cinco filmes serão exibidos: ‘São João del-Rei, uma relíquia do passado presente’, ‘O que Bererico vai pensar?’, ‘#EleNão.doc – Mulheres Contra o Fascismo’, ‘Brasil em Vertigem – Fragmentos’, ‘O Grande Ditador – Fragmento’.
No domingo (15) tem também apresentação de Auto de Natal, às 19 horas.
O Centro Cultural Eliziário Rangel fica na rua Gonçalves Dias, nº 1201, em São Diogo – Serra. O telefone de contato é o (27) 3051-0835.
Confira a sinopse dos filmes que serão exibidos abaixo:
- São João del-Rei, uma relíquia do passado presente • DOC • 5’ • 2012
Uma viagem aos anos 1940 durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade de São João del-Rei/MG, inaugura um monumento de Jesus Cristo feito por um artista italiano durante o início do fascismo. Mais de 20 historiadores, políticos e moradores foram solicitados para entrevistas e depoimentos, ninguém aceitou o convite, restando ao diretor interferir com sua voz e direção neste filme.
- O que Bererico vai pensar? • DOC • 28′ • 2012 (Espírito Santo)
Um registro dos reflexos da “Ação Integralista Brasileira” numa pequena vila no interior do Espírito Santo, onde a relação de duas famílias de imigrantes italianos, cujos patriarcas eram grandes amigos, é abalada seriamente por divergências ideológicas e políticas. A mágoa perdura por décadas e atravessa gerações no pequeno vilarejo de Floresta (hoje denominado Burarama, distrito de Cachoeiro de Itapemirim/ES). Ali predomina um silêncio velado entre os descendentes, e o assunto foi “esquecido” pela maioria dos moradores. Foram feitas as mesmas perguntas a todos os entrevistados; as respostas foram organizadas de forma a dar ao espectador a noção do desconforto predominante e assim tecer um fio narrativo único entre os camponeses e estudiosos do tema. Ali a vila se comportou como um pequeno país. O micro desnuda o macro.
- #EleNão.doc – Mulheres Contra o Fascismo • DOC • 16′ • 2018
Em repúdio e repulsa às posturas machistas, racistas e armamentistas do candidato Jair Messias Bolsonaro, escudado por Mourão, Guedes, mais de 3 milhões de mulheres reuniram-se ao redor da hashtag #elenão em um grupo de Facebook que demonstrou ser capaz de realizar com sucesso a jornada das redes para as ruas. Foi uma maré gigantesca de protesto que ecoou até na imprensa internacional. Neste curta-metragem documental, A Casa de Vidro registra os agitos no coração do Cerrado brasileiro neste dia de floração da Primavera Feminista. Em Goiânia, estima-se que cerca de 20.000 pessoas estiveram presentes ao ato, que se concentrou na Praça Cívica, fluiu pela Avenida Goiás e Av. Anhanguera, para desaguar na Praça Universitária. O resultado é este documentário de 16 minutos, filmado por Eduardo Carli de Moraes e Renato Costa, que dá voz e visibilidade àqueles que tomaram o espaço de público para si neste momento histórico de tantas urgências e riscos.
- Brasil em Vertigem – Fragmentos • DOC • 40′ • 2019
Democracia em vertigem é uma narrativa cautelosa sobre os mais recentes acontecimentos da política brasileira. A produção mostra desde a ascensão à queda dos ex-presidentes petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. A polarização política no Brasil e o impeachment de Dilma também fazem parte da trama documental.
- O Grande Ditador – Fragmento • DOC • 4′ • 1940
Em meio à Segunda Guerra Mundial e diante de toda a barbárie trazida pelos conflitos, bem como a ascensão dos regimes totalitários na Alemanha e Itália, a genialidade de Charlie Chaplin, mais uma vez, surpreende todo o mundo e marca indelevelmente a história do cinema. Com o filme “O grande ditador”, de 1940, Chaplin conseguiu captar e retratar o que se passava na Europa no período entre guerras realizando uma sátira que, apesar de cômica, traz uma ácida crítica ao nazismo e ao fascismo, demonstrando o quão absurdas eram as suas ideias e apontando as nefastas consequências de suas políticas de dominação e seleção social. Uma das cenas mais marcantes e importantes do filme está no discurso final. Por ser seu primeiro filme falado, Chaplin aproveitou para deixar ao mundo um recado que ressoa até nos dias de hoje.