Neste sábado (18) é celebrado o Dia Mundial da Menopausa, data que chama atenção para um tema que faz parte da vida de milhões de mulheres no Brasil e no mundo: o climatério e a menopausa. Pensando nisso, o Jornal Tempo Novo trouxe cinco cuidados essenciais para o período.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país possui cerca de 17 milhões de mulheres entre 40 e 65 anos, faixa etária correspondente ao climatério — período de transição entre a fase reprodutiva e a não reprodutiva da mulher. Dentro desse grupo, aproximadamente 9,2 milhões já estão na menopausa, entre os 50 e 65 anos.

A ginecologista Júlia Reis explica que, embora os termos sejam frequentemente confundidos, há diferença entre eles. “A menopausa é definida quando a mulher completa 12 meses consecutivos sem menstruar, marcando o fim da fase reprodutiva. Já o climatério é o período de transição, que pode começar anos antes e se estender um tempo depois da menopausa”.

Em escala global, o cenário também é expressivo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2030, 1,2 bilhão de mulheres estarão na menopausa ou pós-menopausa — um fenômeno natural que exige atenção médica e políticas de saúde voltadas para o bem-estar feminino.

Cuidados essenciais na menopausa

A médica reforça que o acompanhamento médico é fundamental para lidar com os sintomas e prevenir complicações. Ela destaca cinco cuidados importantes:

1. Mantenha o acompanhamento ginecológico regular: A consulta médica permite identificar a necessidade de tratamentos específicos, como a terapia de reposição hormonal (TRH), ou alternativas não hormonais, especialmente em casos com contraindicações.
2. Considere a reposição hormonal quando indicada: A TRH ajuda a aliviar sintomas como ondas de calor, irritabilidade, insônia e ressecamento vaginal, além de contribuir para a saúde cardiovascular e óssea.
3. Adote hábitos saudáveis: Alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos regulares são fundamentais para o controle dos sintomas e prevenção de doenças.
4. Observe os sinais do corpo: Sintomas como calor intenso, perda de libido, dificuldades de memória e alterações de humor são comuns, mas não devem ser ignorados.
5. Não normalize o sofrimento: “Nenhuma mulher precisa aceitar viver com esses sintomas sem buscar ajuda. Há diversos recursos disponíveis para melhorar a qualidade de vida, mesmo para quem não pode fazer reposição hormonal”, ressalta a médica.