A menina Alice Rodrigues, de apenas 6 anos, morta durante um ataque a tiros no Balneário de Carapebus, na Serra, foi atingida por um disparo que atravessou a região do pescoço, segundo informou a Polícia Científica nesta segunda-feira (25). A criança voltava da praia com a família quando o carro em que estava foi metralhado por criminosos.
De acordo com as autoridades, o ataque foi resultado da disputa entre facções criminosas que atuam na região – o Terceiro Comando Puro (TCP) e o Primeiro Comando de Vitória (PCV). Um olheiro teria apontado, de forma equivocada, o carro da família (um Peugeot) como sendo de um integrante do TCP.
Os criminosos, em um Fiat Argo branco alugado, abriram fogo contra o veículo, acreditando que atacavam rivais.
Logo após o ataque, a Força Tática do 6º Batalhão prendeu dois suspeitos. Com a continuidade das diligências, o número de detidos chegou a seis: dois mandantes, um executor, um olheiro, uma pessoa que daria fuga e uma advogada, esposa de um dos mandantes, na casa de quem foram encontradas munições de fuzil e de calibre 9mm.
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O laudo confirmou que Alice foi atingida por um disparo com entrada na região occipital direita e saída na auricular esquerda. O carro da família teve ao menos quatro perfurações e vidros quebrados, além de marcas de sangue no banco traseiro.
Já no Argo branco utilizado pelos criminosos foram encontrados 18 projéteis disparados de dentro para fora, além de sinais da colisão com o Peugeot e um pneu dianteiro estourado após bater no meio-fio.
Investigações
As apurações estão sob responsabilidade do delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra.
As investigações continuam para identificar todos os envolvidos. “Não vamos parar até que todos paguem por essa barbárie. Foi um ataque covarde que tirou a vida de uma criança inocente, vítima de uma guerra insana entre facções”, disse o secretário de Segurança, Leonardo Damasceno, ao Portal Tempo Novo.
