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“Com a saída do Fórum o comércio na Sede caiu 20%”

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Quintino é um dos articuladores do movimento contra o esvaziamento da Serra-Sede. Foto: Clarice Poltronieri

Clarice Poltronieri

A saída das varas cíveis do Fórum e a possibilidade de perder outros órgãos públicos vêm assustando e também gerando reações na Serra-Sede. Tanto que comerciantes, moradores e ativistas vêm se mobilizando para tentar barrar o esvaziamento da região.  E uma das iniciativas é o Movimento Serra Sede Forte. Confira a entrevista com um dos coordenadores do Movimento, Edson Quintino, que é comerciante e morador da região.

Como surgiu esse movimento?

Em 2014,coma criação do núcleo CDL Serra-Sede.Na época a saída do fórum era só uma ameaça e passamos a reivindicar junto aos órgãos públicos sua permanência. Por meio do Fábio Boa Morte, do jornal Carta Serrana, passei a publicar textos sobre a Serra em perspectiva. Criamos o grupo de WhatsApp do núcleo CDL que tinha lojistas e não lojistas. O grupo cresceu etransformamos em Serra Sede Forte, há três meses. Estamos em três frentes: núcleo CDL, Associação Comercial (em formação com apoio do Sebrae) e o Movimento Serra Sede Forte, que perpassa o comércio.

Quantas pessoas circulam por dia no comércio local?

Cerca de 8 mil, incluindo os estudantes de cerca de dez escolas que ficam no entorno. Com a saída do fórum o movimento reduziu em cerca de 20%%. Isso derrubou a movimentação em todo o comércio, e nos restaurantes em mais de 20%. Uma loja fechada são empregos a menos, imagine fechar um fórum, que além dos funcionários, conta com advogados e pessoas que vão resolver suas questões.

Porque o esvaziamento da Sede é uma preocupação?

O comércio tem que ter fluxo. Se você diminui o fluxo de pessoas, reduz as vendas, gera menos emprego, as salas ficam vazias, desvalorização dos imóveis e há um refluxo na cidade. Com a saída do Fórum a Serra Sede enfraqueceu. Tememos a saída de outros órgãos, especialmente os ligados à justiça federal. A Serra-Sede é o berço da cultura do município e até o final dos anos 1970 tinhaa hegemonia política do município. Com a industrialização outras regiões cresceram, mas a sede e entorno cresceram também e hoje tem 170 mil moradores, 1/3 do município. Se continuar aperder órgãos públicos, já que não tem polos industriais, a Serra-Sede vai experimentar um empobrecimento da população, com reflexo no comércio e na economia como um todo.

Quais são os próximos passos do movimento?

Unir outros setores e criar fóruns de discussão por área (cultura, esporte, comércio, etc) para propor políticas públicas que desenvolvam a região, depois criar uma grande assembleia. Temos duas agendas em andamento: uma com a prefeitura e outra com o Governo do Estado. Através da Associação queremos atrair outros lojistas, rede bancária, até porque temos 1/3 da população da Serra, tem um mercado consumidor que precisa ser trabalhado.

Quais saídas vocês propõem contra esse esvaziamento?

Resgatar a questão cultural. Por exemplo, o teatro que a Serra ainda não tem poderia vir para a Sede. Também propomos desenvolver a iniciativa privada. Temos o projeto do Contorno do Mestre Álvaro que vai dar uma nova dinâmica à cidade.  Precisamos também da consolidação do polo industrial Serra Log.

O estacionamento rotativo está prestes a ser implantado. Qual avaliação de vocês sobre?

Positiva, pois temos déficit de vagas e muitas são ocupadas por ambulantes, Com o rotativo teremos condições de trabalhar melhor o comércio.

Lideranças política do município estão sensíveis à causa da Serra Sede?

Não percebemos ninguém sensível por enquanto. O movimento é da sociedade civil, entendemos que apoio político agora vai atrapalhar. E não queremos nos comprometer em apoios.O movimento é sério e apartidário, ninguém tem cargo público, pretensão ou vinculação política partidária.

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