De visitante das latas de lixo a mascote oficial. Essa é a história do cachorro Berga, que se tornou o melhor amigo dos policiais que trabalham no Posto de Trânsito de Manguinhos, na Serra.
O animal sem raça definida chegou ao posto policial há cerca de um ano e meio e recebeu esse nome em homenagem a um oficial que trabalhou no local, mas foi transferido para outra cidade. Quem conta a história é o sargento Duarte, que trabalha no Batalhão de Polícia de Trânsito Estadual há 26 anos.
Segundo ele, muitos animais passam pela rodovia ES 010, mas esse cãozinho em específico ficou. “Tinha um policial que trabalhava aqui no posto e comia muito. O nome de guerra dele era Bergamin. Ele foi transferido para Linhares e apelidamos o cachorro de Berga”, detalha Duarte.
Berga apareceu no posto visitando as latas de lixo. “Fomos dando carinho e comida, e ele está conosco até os dias de hoje”.
O sargento conta que o animal é muito querido pelos cerca de quinze policiais que se revezam no trabalho do posto rodoviário. “O Berga é bem aceito por todos. Temos um carinho bem bonito por ele. Mas o cachorro tem uma caída pelo sargento Carlos, pois é o que mais cuida dele. Inclusive, já conhece o carro quando está chegando para trabalhar”, conta.
Berga tem até uma casinha improvisada pelo Cabo Thomé. “O local está em reforma, então ele improvisou uma casinha com tábuas. Mas ele não fica, quer ficar somente na porta perto da gente”, relata Duarte, enfatizando que a convivência entre trabalhadores e animal é harmoniosa e regada de carinho e respeito.
Duarte conta que Berga faz parte até dos momentos das blitze. “Quando abordamos veículos em frente ao posto, o Berga vai atrás também. Às vezes, precisa estar brigando com ele. Outra coisa que ele faz, e que aprendeu sozinho, é uivar igual às sirenes de ambulância. Basta passar uma sirene do Samu ligada que ele dispara a imitar o barulho”.
Fuga atrás de namorada
Berga já deu um susto nos policiais do posto. Certa vez, fugiu e foi encontrado em Vila Nova de Colares. “Foi atrás de cadela no cio, pois não é castrado ainda. Mas é sadio, feliz e muito bem cuidado aqui. Quando o achamos e ele nos viu, foi só abrir a porta da viatura que ele pulou para dentro de alegria”.