Câmara rejeita projeto que isenta o prefeito de prestar contas

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Com comissões ocupadas por aliados, o prefeito Audifax Barcelos não deve ter dificuldades em tramitar os projetos de lei do interesse do Executivo. Foto: Divulgação
Vereadores da Serra se reuniram na tarde desta segunda (13). Foto: Divulgação

Em meio à crise na segurança no Espírito Santo, vereadores da Serra realizaram a primeira sessão ordinária de 2017 na tarde desta segunda-feira (13).  Em pauta, quatro projetos, sendo três aprovados e um deles rejeitado.

A Câmara rejeitou a Proposta de Emenda à Lei Orgânica Municipal (LOM) 01/2016, de autoria do prefeito Audifax Barcelos (Rede). A matéria, já votada em primeiro turno no dia 13 de janeiro, isentaria o o chefe do Poder Executivo de realizar a prestação de contas aos vereadores da Serra, conforme determina a LOM no texto atual. Para sua aprovação seriam necessários os votos de ao menos 16 vereadores, 2/3 da Casa. 

Na mesma matéria, o prefeito solicitava autorização na data para a prestação de Contas ao TC, que passaria de 30 de março para 30 de abril do ano posterior ao exercício. 

Dos vinte e um vereadores presentes, cinco foram contrários, 15 a favor e houve uma abstenção. Dois vereadores aliados do prefeito, Adriano Galinhão (PTC) e Cabo Porto (PSB), chegaram atrasados e não puderam votar.

Segundo o vereador Ailton Rodrigues, o Pastor Ailton (PSC), quem ganhou com a rejeição do projeto foi a população. “Já havia entrado com uma ação no Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) pedindo a anulação, pois o projeto é inconstitucinal. A proposta é absurda. Se o vereador, que é quem deve fiscalizar, não puder ter acesso às contas é melhor acabar com a Câmara. O projeto, como estava tira o direito do vereador, atropela o Legislativo e dá plenos poderes ao Executivo. Para mim, isso foi uma vitória do povo. O que o prefeito quer esconder que os vereadores não podem ver?”, questiona.

O segundo projeto votado diz respeito à liberação de servidores da prefeitura para partcipição nos sindicatos. Antes, a prefeitura liberava quatro servidores, pagando seus salários. A partir de agora, apenas será liberado com remuneração o servidor que ocupar cargo de direção no sindicato, cabendo a este remunerar o funcionário.

Também foi aprovado o projeto, de autoria da Mesa Diretora da Câmara, que adia a prestação de contas da Câmara do da 30 de março para o dia 30 de abril do ano anterior.

Já o quarto, também unânime, modifica o horário de funcionamento das sessões da Câmara das 18h para às 16h, enquanto permanecer a situação de insegurança pública.

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Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 21 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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