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Banheiro público pode causar infecções e abreviar o Carnaval; saiba se prevenir

Banheiro
Além de não ser feita a limpeza regular, os banheiros no carnaval ainda sofrem por serem muito fechados. Foto: Pixabay
ACÁCIO MORAES

Sanitários compartilhados podem estar contaminados por patógenos que desconhecemos. Diversos vírus, como rotavírus e norovírus, podem causar sintomas como diarreia, febre ou vômito. Mas o especialista afirma que, mesmo no meio da folia, é possível se prevenir dessa ameaça.

Só o município de São Paulo deve disponibilizar 28 mil banheiros químicos para atender os 15 milhões foliões que a cidade deve receber neste Carnaval, segundo a prefeitura. Com tanta gente assim, Moacyr Silva Júnior, médico infectologista do Hospital Albert Einstein, diz que é necessário ficar atento para os riscos de infecção.

“Não tem mundo ideal. Todo mundo já deve ter usado um banheiro desse e sabe que é extremamente sujo”, afirma. O médico aponta que lavar as mãos é a melhor maneira de evitar uma infecção. Também é importante fazer a higienização antes de comer, e evitar tocar na boca e no rosto.

Isso porque a chamada via fecal-oral é aquela mais propícia a provocar doenças decorrentes do uso de banheiros públicos. Quando uma pessoa infectada usa o vaso sanitário, ela pode deixar para trás vírus nas superfícies, seja ao redor do vaso, nas paredes ou até mesmo na maçaneta de entrada. Ao tocarmos essas regiões, os patógenos se transferem para o nosso corpo, mas a pele, em geral, é capaz de nos proteger de quaisquer sintomas.

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O problema está nas mãos e no hábito humano de tocar o próprio rosto, muitas vezes de forma despercebida. A boca é a porta de entrada favorita da maioria desses microrganismos, que podem chegar diretamente ao intestino, onde se multiplicam e causam diversos sintomas.

Mas não são apenas os vírus que podem estar presentes em um banheiro químico. Entre o lixo e a sujeira que ele acumula durante a folia, também podem se esconder bactérias, como a Salmonella e a Shigella. Esses patógenos são provenientes de fezes e vômitos de pessoas que passam pelo sanitário ao longo do dia e podem sobreviver nas superfícies do sábado até a quarta-feira de cinzas.

A urina dos foliões também pode ser fonte de agentes infecciosos. Em um levantamento publicado na revista científica Journal of Applied Microbiology, pesquisadores dos Estados Unidos afirmam que varíola, adenovírus e o coronavírus já foram detectados no xixi de pacientes. Segundo os autores do trabalho, é necessária uma limpeza adequada com desinfetantes para termos um ambiente saudável.

Parasitas causadores de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), por outro lado, estão fora de questão. As doenças passam através do sexo desprotegido ou outros tipos de contatos íntimo entre pessoas, e seus patógenos não sobrevivem tempo o suficiente sobre uma superfície como o sanitário para contaminar o próximo usuário. Para evitá-las, portanto, o uso de preservativo é a recomendação absoluta dos médicos.

O professor da USP (Universidade de São Paulo), José Luiz Mucci, aponta que, apesar do nome, os banheiros químicos não fazem uso de substância artificiais. Esses equipamentos consistem em grandes reservatórios que podem conter até 200 litros de material, seja fezes ou urina, e que devem ser usados como sanitários normais. Ao final do dia, eles são esvaziados em caminhões limpa-fossa.

Criados para dar conforto para pessoas que trabalham em ambientes abertos, como canteiros de obras, passou a ser utilizado em grandes eventos, como shows, jogos de futebol e nos blocos de Carnaval para atender a população.

“Se o banheiro for usado da maneira correta, não tem risco nenhum. O problema é que o uso não é adequado, principalmente durante o Carnaval”, afirma o professor.

Além de não ser feita a limpeza regular, os banheiros no carnaval ainda sofrem por serem muito fechados. Uma pesquisa feita em Taiwan mostrou que banheiros concentram cinco vezes mais bactérias quando são mal ventilados. Através da contagem de patógenos, os especialistas descobriram que os microrganismos se concentram nas regiões externas do vaso e, principalmente, no chão.

“Sempre vale a pena levar um álcool em gel ou lenços umedecidos, que funcionam bem. Evitar usar se o banheiro estiver muito sujo, com sinais de má-utilização”, diz Mucci. Nesse caso, por mais que seja difícil, o professor recomenda buscar outro. Bolsas, mochilas e outros pertences pessoais também merecem um pouco de atenção, para não se sujarem com excrementos de usuários anteriores.

Os especialistas, porém, concordam que é melhor usar o espaço, tomando cuidado para não tocar nas partes sujas, do que segurar a vontade de fazer xixi por muitas horas. “Não precisamos ficar paranoicos de entrar no banheiro”, pontua Mucci, “o risco de contrair uma contaminação existe, mas é pequeno.”

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