As apostas esportivas estão chegando à Fórmula 1. De acordo com o site Terra, a F1, o portal SportRadar e a empresa de mídia Interregional Sports Group fecharam um acordo de $400 milhões para cinco anos, com um objetivo de criar uma plataforma comum para fornecer dados reais para serem utilizados por apostadores esportivos.
O objetivo da Liberty Media, empresa que comanda atualmente as operações da Fórmula 1, é aumentar o engajamento dos fãs, além das receitas, naturalmente. Para as outras duas empresas, trata-se do crescimento natural de um setor de mercado muito dinâmico nos últimos anos.
Crescimento a nível internacional
Milhões de usuários por todo o mundo vêm se tornando fãs de apostas esportivas, como forma de conseguir uma emoção extra enquanto assistem a um evento esportivo. Em muitos casos, os fãs apostam em seus times ou jogadores favoritos, mas alguns evoluem seu acompanhamento e tentam saber o mais possível sobre os esportistas e as competições, para maximizarem suas chances.
Este crescimento é permitido, naturalmente, pela internet e pelo desenvolvimento da tecnologia de programação e computação. Esta última permite às empresas criarem plataformas eletrônicas que permitem apostas em tempo real, gestão de dados sem perdas de informação, a manutenção de contas de usuários, pagamentos e levantamentos de prêmios, etc. E a internet permite, claro, levar essas plataformas a todo o mundo. Acrescente a isso o fascínio pelo esporte e terá a receita para que as apostas esportivas sejam produto de grande sucesso.
O poder do futebol
Naturalmente que o futebol é o grande motor das apostas esportivas a nível mundial. É sabido que, na China e em outros países da Ásia, o entusiasmo pelo futebol europeu tem atingido níveis impressionantes. Os acordos de patrocínio de empresas de apostas a times e competições vêm crescendo também.
Mas o futebol não é o único esporte que existe, e esse acordo com os responsáveis da Fórmula 1 é um dos melhores exemplos.
A Fórmula 1 e o Brasil
A única aposta que as plataformas não vão colocar (e daí, quem sabe?) é quando é que o Brasil vai ter novamente um piloto na categoria máxima do esporte a motor mundial. Uma das missões da Liberty Media é precisamente tentar diminuir a dependência do dinheiro, que é cada vez mais um elemento essencial para o sucesso. Pilotos com um patrocínio forte têm possibilidades de tirar o lugar a outros, com mais talento mas “pobres”. Veja-se o caso (em desenvolvimento) de Lance Stroll e Esteban Ocon.
A melhor esperança brasileira está em Enzo Fittipaldi e Gianluca Petecof, pilotos da Ferrari Driver Academy – a mesma que “produziu” Charles Leclerc, que irá substituir Kimi Raikkonen na equipe italiana em 2019. Os pilotos das academias, enquanto protegidos das equipes, estão menos dependentes de patrocínios. Será um deles campeão mundial daqui a 6 ou 7 anos?
É conhecida a história de um fã inglês que, na década de 90, viu um jovem de 10 anos correndo agressivamente no karting e apostou (em uma casa de apostas) algo como R$5 como ele seria um dia campeão mundial. Em 2008, reclamou um prêmio equivalente a R$870.000, quando o tal jovem, chamado Lewis Hamilton, fez ele vencer a aposta. Quem sabe se nossos brasileiros não conseguirão o mesmo.