
Uma denúncia de assédio sexual – que teria ocorrido em uma escola da Serra – está sendo investigada pela Secretaria de Estado de Educação (Sedu). O caso teria acontecido há algumas semanas na escola Zumbi dos Palmares, em Cidade Continental, quando um professor – que não será identificado – teria passado a mão em uma aluna enquanto proferia palavras de cunho sexual.
A denúncia ganhou repercussão após alunas da escola realizarem uma manifestação no último dia 11. Elas denunciavam o caso mais uma vez e reclamavam da demora de uma resposta concreta por parte da diretoria da escola. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 30 estudantes participarem do ato, que foi pacífico.
Fontes que conversaram com o Jornal Tempo Novo, mas preferiram não se identificar por medo de represálias, afirmaram que a denúncia inicial do assédio foi promovida por três alunas. Em um primeiro momento, a 1ª aluna acusou o profissional de ficar olhando as estudantes enquanto elas praticavam exercício físico.
Em seguida, uma das denunciantes afirmou que o professor passou a mão nas suas nádegas. No entanto, apenas uma versão foi mantida por uma família – a da 3ª aluna – que afirmou que o profissional teria passado a mão no seu braço com palavras de cunho sexual.
No dia 13 deste mês, o vereador Jeffinho do Balneário também denunciou o caso na sessão da Câmara da Serra. Em conversa com o Jornal Tempo Novo, o parlamentar disse que irá cobrar providências da Secretaria de Estado da Educação.
“Queremos um posicionamento da superintendência; uma explicação para esta situação. Iremos cobrar providências tanto com relação às denúncias das alunas da escola, quanto ao que será feito com o professor, supostamente, responsável pelo assédio. Isso não pode ficar impune e não podemos achar normal de jeito nenhum. Este tipo de conduta não pode ser admitido dentro de nossas instituições de ensino”, disse.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação que informou, por meio de nota, que a Superintendência Regional de Educação de Carapina garante que a escola cumpre com todos os protocolos do Regimento Comum das Escolas.
Disse ainda que foi feito o diálogo entre os envolvidos (aluna, família da aluna e professor) e encaminhado para o Conselho de Escola que segue com a avaliação do caso.
Moradores do bairro defendem professor e fazem abaixo assinado
Enquanto o caso segue sendo investigado pelo Governo do Estado, moradores do setor Oceania, de Cidade Continental, saíram em defesa do professor denunciado. No bairro, foi feito um abaixo assinado, que conseguiu 150 assinaturas, e foi enviado para a Sedu.
Eles defendem que o professor sempre foi uma “pessoa de caráter” e nunca teria demonstrado este tipo de comportamento. Além disso, os moradores defendem o argumento de que não há provas concretas contra o acusado, o que faz o caso perder força.

