“Impulsionado por uma voz misteriosa”. Esse foi o argumento que o morador de Serra Dourada II, Vitor Rodrigues, usou para se defender das acusações por agressão a uma cadela há uma semana. A agressão foi registrada por moradores da região, que acionaram a Policia Militar para conter o homem.
Em depoimento à CPI que investiga maus tratos a animais, na Assembleia Legislativa, o agressor disse ainda que só não matou o animal porque foi impedido por alunos que filmavam a cena. Segundo Vitor, a voz vinha de dentro da casa em que ele estava morando com uma tia. Disse também que a residência, que já foi canil da Polícia Militar (PM), não poderia abrigar um cão vira-lata e o fato de o cachorro estar infestado de pulgas e carrapatos foi o motivo final para sua atitude.
Diante da confissão, os deputados que compõem a CPI questionaram a saúde mental do depoente. O vice-presidente da comissão, Vandinho Leite (PSDB), falou sobre a necessidade de intervenção psiquiátrica. “Acredito que Vitor precise de uma avaliação médica. Estou na dúvida se ele é um artista de primeira, tentando mostrar que é doido, ou se realmente é doente”.
Ficha criminal:
De acordo com as investigações da comissão, a ficha criminal do denunciado mostra passagens por posse e tráfico de drogas e três denúncias enquadradas na Lei Maria da Penha. Diante das declarações, o colegiado da CPI ofereceu ajuda psicológica e perguntou se ele tinha interesse de se internar para se livrar de vez da dependência química. O colegiado decidiu ainda que vai solicitar a internação dele à Justiça e pedir investigação criteriosa por parte da polícia