Por Yuri Scardini
Após algumas semanas com um ritmo mais arrefecido nas articulações políticas, parece que o mercado voltou a dar uma esquentada. É certo que ainda não foram definidas 100% das regras do jogo, pois em meio aos escândalos de corrupção e Lava Jato, o Congresso ainda debate as reformas no sistema eleitoral. Reformas das quais, com um curto prazo e falta de consenso, vão ficando cada dia mais desacreditadas.
Visto essa tendência, os atores políticos capixabas voltaram em cena. Dentre eles, o prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede). Prefeito do maior palanque eleitoral do ES, Audifax vem fazendo movimentos dúbios, e ensaia aproximação em todas as frentes. Já há algum tempo que o prefeito vem se aproximando da senadora Rose de Freitas (PMDB); Recentemente após um período de lacuna, Audifax vem ensaiando uma aproximação com o governador Paulo Hartung (PMDB), do qual nunca foi desafeto. Já o isolado Casagrande, jura que o prefeito é seu aliado e faz questão de lembrar que caminhou junto ao prefeito na campanha de 2016.
A turma de Audifax entende que neste momento não se deve fechar as portas para ninguém, e dialogar com todos. Não há dúvida que naturalmente o prefeito da Serra seja cortejado por lideranças políticas num contexto eleitoral tal qual o de 2018. Mas o ciclo vai se fechando, logo ele terá que decidir em qual time vai jogar. Se perder o tempo da coisa, vai cair em descrédito com Hartung, Rose e Casagrande e virar um mero cabo eleitoral atrasado, papel que não condiz com um prefeito da Serra.
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Além disso, sem a opção de reeleição, Audifax tem que sair bem posicionado do pleito de 2018, para não por em risco sua sucessão em 2020. A eleição do ano que vem é semifinal do campeonato para o prefeito, e ele precisa escolher o time, entrar em campo, e dar sua contribuição para vencer o jogo. Com isso, se credencia com força para disputar a final, que representa sua sucessão e seu prolongamento da vida política.
