Vereadores da Serra cobram atitude de Casagrande no caso da ‘água de barro’ da Cesan

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Vereador Adriano Galinhão cobrou investigação na Cesan. Crédito: divulgação.
Vereador Adriano Galinhão cobrou investigação na Cesan. Crédito: divulgação.

A água barrenta fornecida pela Cesan na Serra continua repercutindo negativamente; dessa vez a situação foi objeto de muita reclamação entre os vereadores da cidade, que na primeira sessão ordinária ocorrida nesta segunda-feira (06), levaram uma jarra de água contendo uma amostra do líquido que tem saído nas torneiras das residências serranas. O governador  Renato Casagrande também foi cobrado pelo vereador Adriano Galinhão, que puxou o tema no plenário.

Galinhão defendeu a criação de uma comissão de vereadores para investigar e cobrar punição em caso de comprovação de irregularidades da Cesan. Além disso, outro parlamentar, Anderson Muniz pediu que a Mesa Diretora da Câmara da Serra agendasse uma reunião presencial com todos os 23 vereadores da Serra para tratar do tema junto a Casagrande, já que a Cesan tem como sócio majoritário o próprio Governo do Estado do Espírito Santo.

As falas dos vereadores foram seguidas pelos demais parlamentares, que questionaram possíveis impactos negativos na saúde pública e na poluição do meio ambiente. Galinhão chegou a dizer que os vereadores irão reunir outras lideranças da cidade para que se for “necessário, fechar a Cesan na Serra”. Além da qualidade duvidosa da água fornecida no município, os vereadores questionaram a frequência com que o abastecimento é cortado.

Durante a fala do vereador Anderson, ele levantou novamente a hipótese de que há uma espécie de ‘abastecimento seletivo’, já que parte da cidade de Vitória também é abastecida pelo mesmo Rio Santa Maria, que abastece a maioria do território da Serra, mas que, no entanto, não sofre cronicamente com a falta d’água, diferente de alguns bairros serranos, que tem seu fornecimento de água cortado quase que semanalmente.

O que disse a Cesan:

No último domingo (05) a reportagem do Jornal Tempo Novo interpelou a Cesan diante do problema da ‘água de barro’ na Serra. Através do gerente Metropolitano Norte da Cesan, Carlos Augusto Dilem, a empresa admitiu que identificou “eventos de turbidez na água”, mas em seguida não detalhou quais motivos estariam levando com que o líquido chegasse as casas da Serra com tom amarronzado. Pressionado pela reportagem, Carlos Augusto Dilem disse que a água de barro “não faz mal para a saúde”, orientou que os moradores  “limpassem a caixa d’água” e cobrou que ao invés da população “reclamar” do problema nas redes sociais, deveriam “acionar a Cesan” pelo telefone, posicionamento que causou irritação de leitores nas redes sociais.

O Tempo Novo também procurou a Prefeitura da Serra, que por meio de nota se resumiu a dizer que “o órgão responsável por fiscalizar a água distribuída pela Cesan é a Agência de Regulação dos Serviços Públicos (ASRP)”. A reportagem por sua vez também demandou a agência estadual, que até o fechamento dessa reportagem não tinha respondido.

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Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 21 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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