
O deputado estadual Vandinho Leite defende que a falta de gás de cozinha na Serra – e em outras cidades do ES, é devido a prática de algumas revendedoras que estão comercializando as botijas com empresas de Minas Gerais e da Bahia, ao invés de priorizar o mercado capixaba. De acordo com ele, a empresa Supergasbrás localizada em Morada de Laranjeiras, é um das que estariam com essa prática, que tem gerado desabastecimento para a população local.
Vandinho disse que vários comerciantes da Serra estão com restrição na compra de botijas, enquanto a revendedora capixaba vende carretas inteiras de botijão de gás para outros estados devido ao preço ser mais atrativo. Ele defende que o produto é “essencial e indispensável” para a população, ainda mais “nesse período de pandemia”, por isso considera a prática criminosa.
“Comerciantes da Serra me confidenciaram que as revendedoras estão vendendo o gás do ES para outros estados, como Bahia e Minas Gerais. O motivo é para lucrar mais. Estes estados estão pagando mais caro pelo botijão de gás. Estão traindo o povo capixaba, nos deixando sem gás de cozinha para revender mais caro em outros estados. Isso é crime contra o consumidor e não vou deixar isso barato. Vou dar nome aos bois: recebi denúncia contra a revendedora Supergasbrás, que vende para muitos comerciantes da Serra”, disse Vandinho.

De acordo com o parlamentar ele já acionou a Polícia Civil por meio da delegacia do consumidor para apurar a prática e inibir o desabastecimento de gás no ES.
Leia também
“Nesse momento de coronavírus e de isolamento social não precisamos de empresas se aproveitando da situação. Gás de cozinha é uma questão de dignidade. Além do desabastecimento tem também a questão dos preços, com a falta do produto no ES, os preços estão abusivos, moradores da Serra me relataram que tem local cobrando R$ 200 uma unidade. Já acionei a PC que me confirmou que irá investigar”, explicou o parlamentar.
A todo momento chegam relatados de moradores da Serra desesperados com a falta de gás: “Feu Rosa não tem em lugar nenhum e quando encontra está 90 reais (referindo-se a botija de gás), diz a moradora Lúcia Tavares. Outra região muito afetada é Jacaraípe. De acordo com a moradora Barbara Lopes, não está tendo botija nem com agendamento: “já ligamos pra vários locais e não está tendo nem pra entregar em agendamento”, disse.
“Não há qualquer favorecimento por região”, diz empresa
Em nota a Supergasbras Distribuidora informou que está operando normalmente para manter o fornecimento de GLP na sua Rede de mais de 11 mil postos de revendas espalhadas pelo país e “não há qualquer favorecimento por região”.
A empresa disse ainda que “em virtude da já divulgada e desnecessária corrida dos consumidores finais para estocagem do produto, podem ocorrer faltas momentâneas de botijões de 13Kg em algumas praças”.
Entretantocompleta afirmando: “tal situação não representa uma ameaça ao abastecimento do mercado. Como serviço essencial à população, mantemos nosso compromisso em atender mais 10 milhões de famílias e para isso nossos colaboradores estão atuando nas engarrafadoras e na distribuição dos botijões. Continuamos trabalhando para garantir o acesso da população ao produto, essencial e indispensável no contexto atual dos lares brasileiros, lembrando que um botijão de 13 kg dura em média 45 dias para ser consumido e, portanto, renovamos que não há necessidade de comprar além do necessário para o seu consumo regular”, finaliza.

