Um homem identificado como Guilherme dos Santos Braz Silva foi morto por policiais da força tática na tarde de sábado (15), na Avenida Perimetral, em Maringá, na Serra. Segundo a Polícia Militar (PMES), ele descia uma escadaria usada como rota de fuga e carregava um revólver quando teria apontado a arma para a equipe após receber ordem de parada. Moradores contestam essa versão.
A PMES informou que equipes realizavam patrulhamento por volta das 17h após denúncia anônima sobre tráfico de drogas e presença de homens armados ligados ao Terceiro Comando Puro (TCP) em uma área de mata. No avanço pela escadaria, policiais ouviram gritos de alerta. De acordo com o boletim de ocorrência, Guilherme descia correndo, segurando um revólver calibre 38 com numeração raspada. Ele não teria obedecido à ordem de soltar a arma e, segundo a PM, apontou o revólver para um militar, que efetuou três disparos.
Moradores da região relatam outra versão. Eles afirmam que o suspeito descia o local para urinar e que, apesar de estar armado, teria mantido o revólver na cintura, sem apontá-lo para os policiais. Também afirmam que militares entraram em casas da área sem apresentar mandado. A corporação foi questionada sobre o relato, mas não respondeu até o fechamento desta edição.
Guilherme foi socorrido pelos próprios policiais e levado ao Hospital Estadual Jayme Santos Neves, onde morreu após dar entrada. Ainda segundo a PMES, outros dois homens fugiram pela mata e não foram localizados.
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Com o suspeito, foram apreendidos um revólver calibre 38 com seis munições, outras 25 munições do mesmo calibre e diversas porções de drogas: 36 pinos de cocaína, cinco unidades de skank, 16 de haxixe, 20 buchas de maconha e 17 pedras de crack. Um celular também foi recolhido.
A Secretaria de Estado da Justiça informou que Guilherme esteve preso entre dezembro de 2020 e julho de 2024, acusado de porte ilegal de arma e tráfico de drogas, mas foi absolvido por falta de provas, segundo decisão da 2ª Vara Criminal da Serra.
Conforme apurado pelo Jornal Tempo Novo, a ocorrência foi registrada como morte por intervenção policial e encaminhada para a Delegacia Regional da Serra. O corpo será necropsiado no Instituto Médico-Legal, em Vitória. A arma seguirá para análise no Departamento de Balística Forense e as drogas serão periciadas e depois incineradas.

