O Sindicato dos Ferroviários (Sindfer ES/MG) rejeitou, na mesa de negociação, a proposta apresentada pela Vale para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Na terceira rodada de negociações, realizada nesta quinta-feira (06), a empresa manteve a proposta de aumento de apenas 80% da inflação sobre os salários e agora trouxe o reajuste de 80% do INPC para correção do ticket alimentação. Uma proposta considerada inaceitável pelo Sindicato, que reafirma: não aceitaremos nenhuma perda salarial.
“Os ferroviários e ferroviárias são parte essencial dos resultados da empresa e merecem valorização real. Reajuste abaixo da inflação é retrocesso, e o Sindfer não vai permitir isso”, afirmou o presidente do Sindicato, Wagner Xavier.
Graças à pressão firme do Sindfer, houve avanços importantes nas cláusulas sociais, como a ampliação para 30 dias de licença-paternidade, manutenção dos 180 dias de licença-maternidade, inclusão de tratamento especializado para empregados com vício em jogos e a possibilidade de home office ou regime híbrido para pais e mães de dependentes com autismo ou síndrome de Down.
Apesar desses avanços, o Sindfer entende que a proposta ainda está longe do que a categoria merece. “O reconhecimento social é importante, mas o trabalhador precisa sentir no bolso o valor do seu esforço. O ACT precisa refletir o papel essencial dos ferroviários para a Vale e para o país”, completou Wagner ao TN.
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Diante da recusa do Sindfer, uma nova rodada de negociação já foi agendada para o dia 12 de novembro. O Sindicato reforça que seguirá firme na luta por um acordo justo, que garanta a reposição integral das perdas e assegure mais conquistas para todos os trabalhadores e trabalhadoras da Vale na base do Sindfer.
