Após determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Prefeitura da Serra suspendeu a vacinação contra Covid-19 de grávidas com o imunizante Astrazeneca – produzido pela Fiocruz. A vacina vinha sendo usada em gestantes desde a semana passada em todos os municípios do Espírito Santo, mas agora poderá ser aplicada somente em outros grupos prioritários.
Em nota divulgada no início da tarde desta terça-feira (11), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) confirmou a paralisação do uso desta vacina em gestantes e afirmou que segue aguardando novas orientações do Estado e Ministério da Saúde. O texto da nota ainda diz que, segundo o Governo do Estado, “as grávidas passarão a receber a vacina contra a Covid-19 do laboratório Pfizer”.
Com a mudança, também foi cancelado o agendamento on-line desta quarta-feira (12) para grávidas. Entretanto, para os demais grupos prioritários da Campanha de Vacinação contra a Covid-19 a vacina do laboratório AstraZeneca/Fiocruz continuará sendo administrada.
O grupo é composto por idosos acima de 60 anos de idade, pessoas com comorbidades de 18 a 59 anos, puérperas, pessoas com deficiência mental/intelectual e pessoas com deficiência permanente cadastrados no programa BPC (Benefício de Prestação Continuada).
É importante destacar que, até o momento, não há registro de reações da vacina da Fiocruz em grávidas da Serra e de nenhum outro município brasileiro. No entanto, uma gestante faleceu após aplicação da vacina no Rio de Janeiro. O caso segue sendo investigado pelo Ministério da Saúde e ainda não se sabe se o óbito tem relação com o imunizante.
Na noite desta segunda-feira (10), a Anvisa emitiu uma nota recomendando a suspensão imediata da aplicação da vacina AstraZeneca em grávidas. Segundo a agência reguladora, é preciso que o Programa Nacional de Imunização siga a bula da vacina. Sendo que a prescrição atual do fabricante não recomenda o uso deste imunizante em gestantes sem orientação médica.
A Anvisa salientou que a medida é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas anticovid, em uso no país. A agência não especificou nenhum evento adverso ocorrido em mulher grávida no Brasil.
A agência determinou ainda que só devem ser aplicadas nas grávidas no Brasil as vacinas CoronaVac – não disponível para este grupo no Espírito Santo – e a Pfizer.
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