A Serra segue liderando, com ampla diferença, o ranking de mortes no trânsito no Espírito Santo. Somente em 2025, o município já registra 80 óbitos, sendo seis vítimas em novembro e uma já contabilizada em dezembro. Desde o início da série histórica, em 2017, a cidade acumula 616 mortes. Esses dados são do Observatório Estadual de Segurança Pública, órgão ligado à Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp).
Atrás da Serra, aparecem Cachoeiro de Itapemirim (407), Vila Velha (394), Linhares (365) e Vitória (314). Apesar da liderança folgada, o número de mortes na Serra teve pequena redução em novembro: foram seis registros, dois a menos que em outubro, que fechou com oito vítimas.
O comparativo com o ano passado também chama atenção. No mesmo período de 2024, haviam sido contabilizados 62 óbitos em todo o estado. Com as mortes registradas neste mês, incluindo a de dezembro, 2025 já é o ano com mais casos fatais no trânsito na Serra, superando 2022, que havia fechado com 79 mortes, conforme apurado pelo Tempo Novo.
Perfil das vítimas
A maioria das vítimas são homens (81,98%), com idades entre 15 e 34 anos, grupo que representa mais de 40% das mortes. Motociclistas continuam sendo os mais atingidos, somando 38,47% dos óbitos. Em seguida, estão os pedestres (23,86%) e depois os condutores de carro (23,7%).
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A parte da tarde permanece como o horário mais perigoso para os acidentes fatais, com 30,52% das mortes, seguida pela noite (27,44%) e manhã (25,16%). Fins de semana, especialmente sábados e domingos, concentram a maior parte dos acidentes letais.
Principais locais e tipos de acidente
O levantamento aponta que 44,48% das mortes ocorreram em vias estaduais, enquanto 35,88% foram em estradas federais e 15,75% em vias municipais. Além disso, as colisões representam quase metade dos acidentes fatais registrados em 2025, somando 49,68% dos casos. Em seguida, aparecem os atropelamentos (23,86%) e depois os choques (12,01%). Outros tipos, como tombamentos, capotamentos e quedas, aparecem em proporções menores.

