Serra lidera mortes no trânsito no ES em 2025 e pode registrar recorde histórico

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Crédito: Agência Brasil

A Serra continua ocupando o primeiro lugar em número de mortes no trânsito no Espírito Santo. Somente em 2025, o município já contabiliza 71 óbitos, sendo sete somente no mês de outubro, segundo dados do Observatório Estadual de Segurança Pública. Desde o início da contagem, em 2017, a cidade acumula 607 registros de mortes, o maior número entre todos os municípios capixabas.

Logo atrás da Serra aparecem Cachoeiro de Itapemirim, com 405 óbitos, Vila Velha, com 389, Linhares, com 359, e Vitória, que soma 309 mortes. Além disso, o mês de outubro apresentou um crescimento nas fatalidades em comparação com setembro, passando de cinco para sete óbitos.

No mesmo período de 2024, o município havia registrado 58 mortes no trânsito. Com 71 óbitos até outubro, 2025 já ocupa a quarta posição entre os anos com maior número de vítimas desde o início do levantamento e tende a superar todos os anteriores. O recorde atual é de 2022, quando foram contabilizadas 79 mortes, segundo dados do jornal Tempo Novo.

Perfil das vítimas

A maioria das vítimas são homens (81,71%), com idades entre 15 e 34 anos, grupo que representa mais de 40% das mortes. Motociclistas continuam sendo os mais atingidos, somando 38,22% dos óbitos. Em seguida, estão os condutores de veículos como carros (24,05%) e os pedestres (23,89%).

A parte da tarde permanece como o horário mais perigoso para os acidentes fatais, com 30,81% das mortes, seguida pela noite (27,35%) e manhã (25,04%). Fins de semana, especialmente sábados e domingos, concentram a maioria dos acidentes letais.

Principais locais e tipos de acidente

O levantamento aponta que 45,30% das mortes ocorreram em vias estaduais, enquanto 36,08% foram em estradas federais e 14,83% em vias municipais. Além disso, as colisões representam quase metade dos acidentes fatais registrados em 2025, somando 49,75% dos casos. Em seguida, aparecem os atropelamentos (24,05%) e depois os choques (11,70%). Outros tipos, como tombamentos, capotamentos e quedas, aparecem em proporções menores.

Foto de Guilherme Marques

Guilherme Marques

Guilherme Marques é jornalista e atua como repórter do Portal Tempo Novo.

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