
Após o Ministério da Agricultura decretar estado de emergência zoossanitária em todo o país por conta da gripe aviária, a Prefeitura da Serra realizou uma reunião especial para definir medidas de combate ao avanço da doença.
De acordo com o Município, as referências técnicas da Saúde, Agricultura e Meio Ambiente vão elaborar, dentro dos próximos dias, uma Nota Técnica estabelecendo o fluxo das informações a respeito de casos suspeitos e do avanço da doença, além da atribuição dada a cada uma das pastas.
“A intenção desse movimento é nos organizarmos à ameaça epidemiológica e zoossanitária, vinda da gripe aviária. A partir dessa nota técnica, saberemos exatamente como proceder em casos de animais ou pessoas suspeitas”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da Serra, Gabriela Almeida, que integra os trabalhos.
Especificamente sobre a vigilância e, eventual recolhimento de animais suspeitos, as medidas a serem adotadas pelo município serão alinhadas às orientações do órgão estadual de defesa sanitária.
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No que se refere às pessoas eventualmente expostas, essas serão monitoradas pela Vigilância Epidemiológica, órgão ligado à Saúde do município.
Ainda conforme com o que foi discutido em reunião, neste momento, as equipes de campo da Secretaria de Meio Ambiente deverão redobrar os cuidados com uso de Equipamentos de Proteção Individual, frente a aves com sintomatologia neurológica e respiratória, durante suas ações de rotina
Em caso de avistamento de animal suspeito, o cidadão da Serra deve procurar o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) através do telefone 0800 039 5005 ou pelo site www.idaf.es.gov.br.
Avanço da gripe aviária
No sábado (20), mais dois casos de influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) de subtipo H5N1 foram confirmados. Com isso, o número de confirmações em aves silvestres subiu para cinco. Não há casos em humanos.
Desde a semana passada, o Ministério da Agricultara (Mapa) informa ter aumentado as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo o território nacional.
As secretarias de Estado de Saúde e de Agricultura do Rio de Janeiro confirmaram nesta semana um caso de ave da espécie Thalasseus acuflavidus (trinta-réis-de-bando), que vinha sendo monitorada desde sexta-feira passada, quando foi encontrada em São João da Barra (litoral norte fluminense).
Já o Espírito Santo teve mais um caso confirmado em uma ave da espécie Thalasseus Maximus (trinta-réis-real). O animal foi encontrado na zona rural do município de Nova Venécia (a 179 km de Vitória).
Como a ocorrência foi em área não litorânea, a ação de vigilância foi ampliada também para os municípios vizinhos -São Gabriel da Palha e Águia Branca.
A pasta da agricultura ressalta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da influenza aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas).
Também por acontecer por meio de água contaminada com restos ou dejetos dos animais.
“Deste modo, pedimos para que a população evite contato com aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário local ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet [sistema de vigilância de emergências veterinárias]”, diz o Mapa.
Ainda no sábado, o Ministério da Saúde informou que as amostras dos 33 casos suspeitos de influenza aviária em humanos no Espírito Santo deram negativas para o vírus H5N1.
A pasta da Saúde também descartou o caso suspeito de gripe aviária em um funcionário do Parque Fazendinha, em Vitória, onde foi encontrada uma ave doente.

