A tendência de militarização de escolas que vem sendo verificada no país não deve chegar às unidades de ensino municipais da Serra e às gerenciadas pelo Estado. Pelo menos é o que apontam as secretarias de Educação da Serra e do governo estadual.
O secretário Municipal de Educação, Gelson Junquilho, explicou por que a medida não está no radar do município. “Não tem nenhuma intenção de trazer a militarização para o município. A Serra não tem necessidade disso. São mais de sete mil profissionais competentes na educação, que estudaram para isso e estão em constante formação. A escola tem condições de ser gerida pela sociedade civil”, argumenta.
Para ele, os militares devem ser parceiros das escolas. “Temos convênios para manter a segurança das unidades de ensino e o programa Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas), que são ótimas parcerias. Existem escolas militares seculares muito boas, como a do Rio de Janeiro, e não tenho nada contra o colégio militar; nenhum problema em abrir aqui, mas pelo município não”, pontua.
Segundo Junquilho, há diferenças na formação de militares e educadores. “A formação do militar é diferente da de professores e pedagogos, são visões diferentes de mundo. Fala-se muito em disciplina, mas escolas lidam com crianças e adolescentes. Crianças querem brincar; adolescentes, se manifestar. Professores e pedagogos estudam para lidar com isso. Acredito em uma escola participativa, com aproximação entre alunos, profissionais e família. Começamos o projeto piloto de escola integral em Vila Nova de Colares com esse intuito”, explica.
Ele também defende que cada um cumpra o seu papel social. “Cada um cumpre o seu papel na sociedade. O militar trabalha com a segurança, que é um papel digno; e o professor, com a educação. Eu não teria condições de trabalhar na segurança pública, pois não fui preparado para isso”, compara.
Isso tudo sem considerar a questão econômica. “Em escolas militares, o custo com aluno é seis vezes maior do que em escolas comuns. Em um cenário com cada vez mais cortes no orçamento, isso se torna impagável”, conclui.
Regulamentação federal
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Educação também foi questionada se criaria alguma normativa para militarizar escolas estaduais e se teria intenção de implantar esse sistema. A Sedu disse que, no momento, nada indica um processo de militarização nas escolas estaduais, e que o assunto será abordado caso haja alguma regulamentação federal.
Diante da decisão do Google de proibir o impulsionamento de propaganda política em suas plataformas a partir deste mês de…
A Praça de Colina de Laranjeiras, na Serra, é palco toda sexta e sábado para a Feirinha Gastroartes que oferece…
O Governo do Estado abriu, nesta quinta-feira (2), 20 mil vagas para cursos profissionalizantes gratuitos. As inscrições podem ser feitas…
Francini Morellato Antes mesmo de sua inauguração, uma escultura em homenagem aos pescadores locais, situada na Praça dos Pescadores em…
Embora não esteja na lista dos mais incidentes, o câncer de ovário é uma neoplasia de difícil diagnóstico e isso…
Está querendo fazer um curso profissionalizante e não tem condições financeiras para isso? A Prefeitura da Serra em parceria com…