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Sem acordo, rodoviários e empresas tentam nova negociação nesta terça

Greve está suspensa, enquanto negociações ocorrem. Foto: Gabriel Almeida

A primeira reunião de negociação entre os rodoviários e as empresas aconteceu na última segunda-feira (2) e terminou sem acordo. Nesta terça-feira (3), representantes do Sindirodoviários e do GVBus vão se encontrar novamente para debater o reajuste de salário e outras demandas apresentadas pelos trabalhadores. Até o momento, a greve anunciada pela categoria está suspensa.

A reunião de ontem (2) aconteceu no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Vitória, e contou com a participação de membros do sindicato patronal, o GVBus, e dos rodoviários, o Sindirodoviários. Segundo informações, os dois lados ainda não chegaram num acordo, mas sinalizaram que podem se entender.

As reuniões estão sendo realizadas após a intervenção judicial. Na quarta-feira (27), os rodoviários tinham anunciado que iriam paralisar a circulação dos coletivos nesta segunda-feira (2). Com isso, o GVBus acionou a Justiça para que a greve fosse impedida. Durante uma audiência de conciliação realizada na sexta-feira (29) a noite, a categoria e as empresas afirmaram o compromisso de debater as propostas por três dias.

Leia também: Greve dos rodoviários: ônibus circulam normalmente nesta terça

Entre as propostas definidas na audiência de conciliação está o reajuste de 3,04% de perda inflacionária mais ganho real, o aumento de R$ 1,00 nos tíquetes de alimentação e restaurante, a mudança da data-base para o mês de agosto e a formalização do uso e da existência de carros extras nos horários de pico.

A próxima reunião vai acontecer nesta terça-feira (3), às 13h, no Ministério Público do Trabalho. O último encontro será na quarta-feira, dia em que também será realizada uma assembleia dos rodoviários, que decidirá se a categoria aceita ou não a proposta negociada. Isso também definirá se a greve irá realmente ou não acontecer.

Principal reivindicação de rodoviários é o reajuste salarial

Os rodoviários apresentaram várias propostas para os empresários, mas a principal é o reajuste salarial. A categoria pediu 9% de reajuste, mas as empresas ofereceram 2,54%. Esse foi o principal motivo da decisão de entrar em estado de greve.

Os motoristas e cobradores rejeitaram a contraproposta patronal, que oferece 2,54% de reajuste salarial. A pauta de reivindicações entregue as empresas solicitava 9% de reajuste acima da inflação, além de mudança da data base para 1º de maio,  plano de saúde integral, mudanças em escalas de trabalho, entre outros pontos.

A diretoria do sindicato informou que as empresas se negaram a negociar e apresentaram a contraproposta. Após isso, o sindicato das empresas (GVBus) entrou na Justiça e conseguiu a realização da audiência de conciliação.

GVBus diz que pedido de reajuste “é fora da realidade”

Em nota enviada para o TEMPO NOVO, o GVBus disse que “o pedido oficial do Sindirodoviários está desconexo da realidade, solicitando reajuste salarial acima de 11% (índice INPC mais 9%), sendo que a inflação acumulada no período é de 2,54%, ajuste proposto pelas empresas. Ou seja, os trabalhadores pedem um reajuste 292% acima da inflação, fora outras reivindicações”.

Disse ainda que “isso demonstra que o sindicato dos trabalhadores nunca teve a intenção de fazer acordo, já que a inflação no país está com viés de queda e de estabilidade. Lembramos que outras categorias no Espírito Santo e em outros estados do Brasil já fecharam acordos de reajuste salarial abaixo de 3%”.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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