Segue tensão com técnicos e auxiliares de enfermagem no Jayme Santos

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O protesto dos profissionais aconteceu na manhã desta segunda (1). Foto: Divulgação

Não bastasse a carga de ter o maior número de doentes por covid-19 no ES pois é a referência hospitalar para enfrentar a pandemia, o Jayme Santos vive outra situação delicada. A insatisfação com salários e condições de trabalho dos cerca de mil  técnicos e auxiliares de enfermagem que lá trabalham.

Tanto que esses profissionais voltaram a fazer um ato em frente ao hospital para chamar a atenção nesta segunda-feira (01). E decidiram pela manutenção do estado de greve anunciado no último dia 26 de maio. Isso significa que na prática os profissionais seguem trabalhando, mas com a ressalva de que podem parar nos próximos dias. As informações são da assessoria do o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Espírito Santo (Sintaen-ES).

Nesta quarta-feira (3), o Sindicato voltará a se reunir com representantes da Associação Evangélica Beneficente do Espírito Santo (AEBES-ES), organização social que administra o Jayme. O hospital é público, do Governo do ES, que repassa recursos para a Aebes –ES fazer a gestão. A mediação da conversa entre os auxiliares e técnicos de enfermagem e os representantes da Aebes será realizada pelo Ministério Público do Trabalho.

Segundo a assessoria do Sintaen, a categoria fará Assembleia Geral na sexta-feira (5). E adiantou que novo protesto está marcado mesmo dia.

Trabalhadores reclamam de demissões, salários e contaminação
A assessoria do Sintaen disse que algumas situações vem motivando a insatisfação dos auxiliares e técnicos. Uma delas seria a demissão de profissionais que estão no grupo de risco para a covid-19, incluindo pessoas com 60 anos ou mais que estavam perto de aposentar. E também por salário baixo (em média, R$ 1,2 mil) há quatro anos sem reajuste; por alta incidência de contaminação pelo coronavírus, segundo o sindicato, uma das maiores do estado; por falta de EPI e sobrecarga de trabalho. E por desvio de função e assédio moral.

À reportagem, a Aebes disse que não pode se posicionar sobre a situação, pois apesar de administrar o local, o hospital é Estadual. Pediu que fosse procurada a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).

Até o momento da publicação desta matéria, a Sesa ainda não havia respondido aos questionamentos.

Conteineres para mortos

Localizado em Morada de Laranjeiras, na Serra, o Jayme Santos está totalmente voltado para o tratamento de pacientes com a covid-19.

Logo no início da pandemia, a instalação de contêineres no estacionamento do hospital para guardar corpos das vítimas chamou atenção. Na semana passada, com o avanço da doença e da mortandade, mais dois contêineres para corpos foram colocados no local.

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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