Prestadores de serviço e fornecedores sediados na cidade amargam perdas milionárias, que se refletem na arrecadação municipal
Ayanne Karoline
Deve chegar a R$ 350 milhões, até dezembro, o prejuízo das empresas da Serra que têm contrato com a Samarco (Vale + BHP Billiton) para prestação de serviços. A paralisação das operações na Unidade de Ubu, em Anchieta, já extinguiu 400 postos de trabalho nas terceirizadas serranas, dados até maio. Segundo a mineradora, não há previsão de retomada da produção.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Samarco explicou que depende da liberação de licenças por parte dos órgãos ambientais de Minas Gerais, de onde extrai o minério processado em Ubu, para voltar a funcionar.
O setor que mais sofre na Serra é o metalmecânico, segundo o presidente do Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (CDMEC), Durval Vieira. Ele afirma que a Samarco compra por ano do setor, na Serra, cerca de R$ 110 milhões. Vendas que estão suspensas desde a paralização da empresa em Anchieta, consequência do rompimento da barragem de rejeitos da mineração em Mariana em novembro de 2015.
Segundo Vieira, uma conversa com empresários capixabas, a Samarco e o Ministério Público, aconteceu na última semana, em Belo Horizonte, onde a mineradora protocolizou uma nova licença para operação. “A perspectiva é que não volte até março de 2017. Mas, a tendência é que os contratos sejam renovados, mediante a sinalização da volta das operações”, explica.
Pela assessoria de imprensa, a Samarco disse que os contratos são discutidos com cada empresa em particular. “A orientação é que as empresas remanejem os profissionais para outros clientes, visando reduzir o número de demissões”, destaca.
Além dos postos de trabalho perdidos nas terceirizadas, a Samarco já demitiu 1200 empregados diretos, sendo metade da unidade capixaba. E a situação deve piorar já que a empresa projeta voltar a operar só com 60% da capacidade, o que exige uma adequação do quadro.
Atualmente, a receita da Samarco equivale a cerca de 6,4% do PIB do Espírito Santo e 1,6% do PIB de Minas Gerais. Em Anchieta, a empresa responde por 50% da arrecadação de tributos da cidade. Na Serra, até novembro, o município deixará de arrecadar R$ 40 milhões só com o ISSQN previsto para ser recolhido pelas prestadoras de serviço.
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