Saiba como evitar a intoxicação alimentar no verão

Compartilhe:
intoxicação
Uma das dicas da profissional é higienizar corretamente hortaliças e verduras com água e ficar atento se há sujeira nos produtos que serão preparados e ingeridos. Crédito: Pixabay
Unimed
A gastroenterologista da Unimed Vitória Jakeliny Vieira explica que a maior parte dos casos de intoxicação alimentar apresenta sintomas relacionados ao trato digestivo como náuseas, vômitos e diarreia. Crédito: Divulgação

Calor excessivo do verão favorece a proliferação de bactérias e fungos que aumentam os riscos de contaminação. Complicações podem levar à desidratação, infecção grave generalizada (sepse) e disfunção renal.

A intoxicação alimentar é causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias, a exemplo da salmonella, além de vírus, fungos e composições tóxicas encontradas em alguns vegetais e produtos químicos.

O risco de contaminação ocorre durante a manipulação, preparo, conservação e armazenamento dos alimentos, sendo mais frequente no verão, já que o calor favorece a proliferação de bactérias e fungos que aceleram a decomposição dos alimentos.

Uma das dicas da profissional é higienizar corretamente hortaliças e verduras com água e ficar atento se há sujeira nos produtos que serão preparados e ingeridos. Crédito: Pixabay

A gastroenterologista da Unimed Vitória Jakeliny Vieira explica que a maior parte dos casos de intoxicação alimentar apresenta sintomas relacionados ao trato digestivo como náuseas, vômitos e diarreia.

“Para a maioria dos pacientes, o agente causador não pode ser distinguido de forma confiável com base apenas na apresentação clínica. As causas da diarreia infecciosa variam de região para região, de ambientes rurais a urbanos e dependem, também, de comorbidades como HIV e outras condições que causam um comprometimento do sistema imunológico. As bactérias são causadoras mais prováveis em casos de diarreia grave ou sanguinolenta. O diagnóstico, na maioria das vezes, é clínico”.

+ Serra vai abrir processo seletivo para contratar professores com salário de R$ 3.619

“O auxílio médico deve ser procurado se o quadro de diarreia durar mais de 7 dias, se houver febre e sangue nas fezes, além de vômitos exagerados em que não seja possível fazer o controle em casa. Complicações dos sintomas levam à desidratação, infecção grave generalizada (sepse) e disfunção renal”, alerta Jakeliny.

Prevenção

A prevenção das intoxicações alimentares depende de medidas de controle que envolvem, além da armazenagem e distribuição dos alimentos, as condições de vida, higiene e educação da população. Outras práticas que podem evitar a intoxicação incluem:

  • Lavar bem as mãos após ir ao banheiro e antes de entrar em contato com alimentos;
  • Evitar o consumo de carne crua ou mal passada;
  • Higienizar corretamente hortaliças e verduras com água e ficar atento se há sujeira nos produtos que serão preparados e ingeridos;
  • No mercado, não comprar itens que estejam com as embalagens amassadas ou danificadas de alguma forma (se algum produto enlatado ou envasado estiver em mal estado, pode ser que todo o conteúdo esteja contaminado);
  • No uso de alimentos em conserva, é importante observar bem pelo vidro e verificar se estão em bom estado;
  • Não ingerir bebidas diretamente de garrafas e latas, como refrigerantes, sucos ou cervejas.

Tratamento

O tratamento tem o objetivo de ajudar o paciente a enfrentar, da melhor forma possível, os sintomas da intoxicação até que o mal-estar acabe. Segundo Jakeliny, como o maior risco é a desidratação, é preciso manter uma dieta leve, evitar gordura em excesso, evitar alimentos ácidos ou cítricos e ingerir bastante líquido (água, sucos, água de coco e soro caseiro, por exemplo).

Foto de Gabriel Almeida

Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

Leia também