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Romance de escritor capixaba aborda racismo, corrupção e censura no ES

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Capa de Senhores da Fome, e-book que pode ser baixado gratuitamente. Imagem: Divulgação/Maxwell dos Santos

Hoje (20), Dia da Consciência Negra, o escritor capixaba Maxwell dos Santos escolheu para relançar, em formato e-book romance escrito em 2014. Com texto revisado, Amyltão Escancarado agora ganha novo título: Senhores da Fome.

Crescido na periferia da capital Vitória, Maxwell é negro e sente na pele o que é sofrer preconceito racial e social. Sabe também quanto custa o esforço para ter voz numa sociedade que dá pouca vez aos pobres, sobretudo aos ‘de cor’.

Tudo isso é inspiração para a criação de personagens e histórias que retratam a exclusão social nas particularidades históricas e geográficas do Espírito Santo contemporâneo. Isso está presente com força em Senhores da Fome.

Segundo o próprio Maxwell, a história se passa na cidade fictícia de Pietro Tabachi, situada no norte do Espírito Santo e colonizada por italianos. Nesta cidade há a escola Amylton Dias de Almeida, que tem graves problemas estruturais e pedagógicos.

Os protagonistas Arianne e Henrique são dois adolescentes negros do 9º ano (8ªsérie), que junto dos amigos Hellen e Hudson, decidem montar um blog chamado Amyltão Escancarado e denunciar o que estava errado na escola. Contudo, as denúncias vão de encontro com os interesses do grupo político que domina a cidade e os adolescentes sofrem represálias.

Paralelamente, há um esquema de superfaturamento e desvio de verbas na compra de merenda comandado pela secretária de Educação da cidade, Karine Barreira e de favorecimento do frigorífico do compadre do prefeito Jalmir Barreira, um típico coronel.

O escritor Maxwell dos Santos: obra aborda temas contemporâneos e faz referência a dois personagens históricos do ES. Foto: Divulgação

Tudo isso é denunciado por Aristomar Pedreira, editor do Correio Tabachiano, veículo de oposição à atual administração, além da blogueira Paula Ximenes, editora do blog homônimo. Ato contínuo, o editor e a blogueira sofrem retaliações do mandatário da cidade.

A trama, conforme Maxwell, aborda temas como racismo, exclusão social, corrupção e censura à imprensa. Interessante notar a inspiração do autor para nomear a cidade e a escola. A primeira faz referência a Pietro Tabach, comerciante italiano que migrou para o Brasil montou fazenda em Santa Cruz, Aracruz, e organizou a primeira grande leva da vinda de famílias da península itálica ao ES em 1874. Uma vez na fazenda, as famílias se rebelaram pelas más condições encontradas, acusaram Tabach de exploração e saíram de lá rumo às colônias organizadas pelo governo imperial, notadamente Santa Teresa. O episódio é considerado marco da colonização italiana não só em terras capixabas, mas no Brasil.

Já o nome da escola, é referência direta ao jornalista e documentarista Amylton de Almeida, que lançou em 1983 o documentário Lugar de Toda Pobreza. A obra retrata a miséria da comunidade da região oeste da ilha de Vitória, atual São Pedro, durante o intenso fluxo migratório gerado pela expansão da siderurgia no Complexo Industrial de Tubarão, hoje formado por Vale e ArcelorMittal.

O relançamento de Senhores da Fome está previsto para às 19h desta quarta-feira (20) no Arquivo Público do ES em Vitória. A obra pode ser baixada gratuitamente, a partir das 19h de hoje (20), pelo endereço http://bit.ly/ossenhoresdafomepdf.

Sobre o autor

Maxwell dos Santos nasceu em Vitória/ES em 1986 e mora na referida cidade. É jornalista, designer gráfico e servidor público da Prefeitura de Cariacica desde 2017. É técnico em Multimídia pelo CEET Vasco Coutinho, licenciando em Letras/Português pelo IFES e em História pela Uninter. É autor dos e-books As 24 horas de Anna Beatriz, Ilha Noiada, Amyltão Escancarado (Senhores da Fome), Comensais do Caos, #cybervendetta, Empoderando-se e Ao me ver no Espelho, lançados de forma independente e de Melanie, pela Giostri Editora, de São Paulo.

Serviço

Relançamento do e-book Senhores da Fome(Amyltão Escancarado), de Maxwell dos Santos

Local: Arquivo Público Estadual – Vitória

Data: Quarta-feira (20)

Horário: 19h

Entrada franca

Mais informações:  +55 27 98843-2666 / +55 27 99943–3585

 

 

 

 

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