Fragmentos de espuma da própria cama e estruturas de construção civil em isopor. Com esse material, a artista plástica Re Henri montou seu acervo, que está disponível ao público na exposição “O fim me parece o nascer do sol”. A artista e psicanalista traz para sua obra experiências que absorveu durante a pandemia, como luto, transformação. recomeço. A mostra pode ser conferida no Museu de Artes do Espírito Santo (MAES) entre os dias 19 de agosto e 19 de outubro, com entrada gratuita.
Re Henri imprimiu nas suas peças o luto pela morte do seu pai e uma pesquisa propõe sobre a bomba atômica que atingiu a cidade de Hiroshima; reflexões sobre ruína e restauro, fim e (re)começo, morte e vida, destruição e amanhecer. O resultado é fruto de cinco anos de pesquisa sobre a perda do pai, pandemia e o episódio em Hiroshima.
“Pintar é manipular com as mãos os fragmentos corpóreos, viscosos e viscerais, transcender o que já é nosso. Acredito que minha pesquisa se faz contemporânea quando convida o público a olhar para dentro”, resumiu..
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Este ano, a artista integrou a exposição coletiva “A Cidade Sou Eu”, na OÁ Galeria. Durante a pandemia, ganhou o prêmio Respiros do Itaú Cultural. A artista esteve também presente no ano de 2018/19 na coletiva 20/20, do Museu Vale; e em 2017, expôs “O Véu do Real”, na Galeria Homero Massena, com recorde de público visitante.
Re Henri é uma bricoleur que se apropria dos restos. Cria objetos tridimensionais de ressignificação de outros objetos já existentes e sua pesquisa evoca questões acerca da imagem, da ciência, do cosmos e do psiquismo. Trabalha essencialmente na criação de esculturas, pinturas, fotografias e instalações. Também é notório em sua materialidade o uso de objetos metalizados e em acrílico, peças orgânicas como pedras e pêlos, bem como restos de materiais de espuma, plástico e madeira. Ao longo de 10 anos de pesquisa totalizam em sua produção 15 séries, com mais de 200 objetos.
Ela é psicanalista e mestra pela Universidade Federal Fluminense. Participou do curso Energias da Arte, promovido pelo Instituto Tomie Ohtake em 2015, bem como das formações em Arte Contemporânea do Parque Lage em 2019, com Iole de Freitas, Fernando Cocchiarale e Anna Bella Geiger.
A exposição é realizada com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), por meio do Edital 09/2023 – da Secretaria da Cultura do Espírito Santo (Secult)-ES.
Serviço:
Exposição: “O fim me parece o nascer do sol’’
Entrada: gratuita, livre para todos os públicos
Abertura: 19 de agosto, às 17h
Visitação: terças a sextas, das 10h às 18h; sábados e domingos, das 10h às 16h
Local: Museu de Arte do Espírito Santo (Maes) — Av. Jerônimo Monteiro, 631 — Centro, Vitória-ES
Saiba mais: bit.ly/ofimmepareceonascerdosol
Instagram @ofimmepareceonascerdosol | Site Re Henri

