Queimado recebe menção honrosa do Iphan pela preservação e resgate da história dos negros

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O crime ocorreu em estrada que serve de caminho para a Igreja de São José do Queimado, na região Serra Sede. Foto: Arquivo Jornal Tempo Novo
Assim ficou o sítio histórico de São José do Queimado após a obra. Foto: Bruno Lyra

A ruína de São José de Queimado, um museu a céu aberto restaurado e readequado pelo Instituto Modus Vivendi (IMV), com o patrocínio do Sincades (Sindicato do Comércio Atacadistas e Distribuidor do Espírito Santo.) recebeu do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), “menção honrosa” no importante prêmio nacional Rodrigo Melo Francisco de Andrade, pela preservação e resgate da história do povo negro.

Em sua 33ª edição, esta é a primeira vez que o Espírito Santo recebe este reconhecimento. O monumento localizado na Serra foi inscrito na categoria Patrimônio Material, destinado às ações da administração direta e indireta municipal.

Segundo Elisa Machado Taveira, superintendente do Iphan – ES, os projetos concorrentes foram analisados por comissões dos respectivos estados e nacional, e Queimado se destacou como importante pesquisa arqueológica, com o acautelamento de um bem patrimonial em risco e medidas de salvaguarda para revitalização da área.

A Comissão Nacional de Avaliação reuniu 21 especialistas de renome na área do Patrimônio Cultural. Entre eles, estavam técnicos, pesquisadores e professores universitários. Também fizeram parte a presidente e os diretores dos cinco departamentos do Iphan.

“Receber o reconhecimento de uma comissão nacional composta por especialistas de renome na área do Patrimônio Cultural, em um ano com recorde de inscrições, mostra a riqueza cultural existente no Espírito Santo e chama a atenção para a importância de se investir em projetos de preservação do patrimônio cultural”, reforça Elisa Machado Taveira.

Para Érika Kunkel, presidente do IMV, esta menção honrosa representa a valorização do patrimônio cultural capixaba. O Sítio Histórico de Queimado foi entregue aos capixabas em março deste ano e está acessível a todos que quiserem visitar este raro museu a céu aberto e conhecer essa trágica e sofrida história de segregação e desumanidade, para não a repetir. O trabalho de resgate deste espaço, uma demanda antiga do movimento negro capixaba e de toda sociedade, foi realizado com muito orgulho pelo Instituto Modus Vivendi, com patrocínio do Sincades.

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Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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