Após apresentar um projeto de lei que propõe que o Transcol aceite Pix e PicPay para o pagamento da passagem – atualmente o passageiro é obrigado a pagar com o Cartão GV, do tipo Cidadão (Pague Fácil), e se não tiver de posse dele tem de descer do veículo – um projeto apresentado na Assembleia Legislativa quer que os pontos de recarga também aceitem as novas tecnologias e que o procedimento possa ser efetuado, inclusive, de dentro dos ônibus, disponível para uso imediatamente após o empenho.
O projeto é do deputado estadual, Bruno Lamas, que após ouvir os usuários do sistema, constatou que uma das grandes reclamações dos passageiros é o fato deles não terem opções tecnológicas para efetuar a recarga, que precisa ser presencial.
Hoje só os clientes do Banestes, que podem pagar por meio virtual, além dos usuários dos aplicativos Kim Recarga e Recarga Pay.
Para adquirir o Cartão GV, o cidadão tem de se dirigir a um dos pontos de atendimento do GV Bus com o valor mínimo de R$ 10 para ser convertido em crédito.
O parlamentar pretende facilitar a vida dos usuários e, para isso, propôs uma emenda ao seu próprio projeto de lei. Nela, ele estabelece que “os postos de recarga dos cartões da rede de transporte coletivo urbano municipal de passageiros de Cariacica, Serra e Viana e intermunicipal metropolitano de passageiros da Região Metropolitana da Grande Vitória – Transcol deverão, obrigatoriamente, disponibilizar diferentes meios de pagamento da tarifa, incluindo-se carteiras eletrônicas (Pix e PicPay) para transferir valores e efetuar pagamentos, inclusive no interior dos coletivos.”
A emenda também garante que o valor pago ao Estado ou às concessionárias, a título de recarga dos cartões, pelo contribuinte e consumidor do serviço de transporte público estadual e coletivo intermunicipal metropolitano, deverá estar disponível para uso imediatamente após o empenho.
“Desse modo, o pagamento será garantido de forma digital e célere não somente no interior do transporte coletivo, mas, igualmente, nos locais disponibilizados para recarga dos cartões criados para este fim específico”, declarou Bruno.
Ele lembra, ainda, que o serviço deverá estar liberado para uso imediatamente após o empenho.
“Atualmente, esse valor pode demorar até dois dias úteis para estar disponível ao contribuinte e consumidor dos serviços de transporte público. Tal lapso temporal é injustificável, além de causar prejuízos ao cidadão”, justificou.
O projeto que garante novas formas de pagamento no Transcol foi lido no último dia 12. No momento, aguarda os pareceres das comissões de Justiça, Cidadania, de Mobilidade Urbana e de Finanças da Assembleia Legislativa e para entrar em vigor precisa ser sancionado pelo governador Renato Casagrande.