Produção de pelotas de minério da Vale cai quase 15% 

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Pátio da Vale em Tubarão: no ES há 58 mil empregos associados à empresa. Foto: Divulgação Findes Marcelo Rosa
Pátio da Vale em Tubarão: no ES há 58 mil empregos associados à empresa. Foto: Divulgação Findes Marcelo Rosa

A queda da produção de minério de ferro da Vale no país tem provocado reflexos nas exportações pelo Porto de Tubarão e também no beneficiamento do produto nas oito usinas da mineradora no Espírito Santo. Nos três primeiros meses deste ano, a Vale reduziu em 14,6% a produção de pellets (minério de ferro em pelotas) em relação ao trimestre anterior, conforme relatório da própria empresa.Para agravar a maior mina da empresa, Brucutu, voltou a  ser paralisada nesta segunda (06).

Já as exportações de minério fino pelo porto localizado em Vitória recuaram 8,3% no 1º quadrimestre de 2019, se comparadas ao mesmo período do ano passado. O dado é do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Em todo o país, a produção de minério da Vale já recuou 28%.  

 A situação é motivo de preocupação na Serra e até no restante do estado, haja vista que a Vale é a “locomotiva” do setor minero-siderúrgico, que por sua vez é um dos pilares da economia capixaba. Um dos temores é o agravamento do desemprego no município e no estado.

A queda é consequência do fechamento de várias lavras de minério de ferro em Minas Gerais, por decisão da justiça ou da própria empresa, após a ruptura da barragem de Brumadinho, no último dia 25 de janeiro.

A queda na produção da Vale, tanto no país quanto nas atividades da empresa em solo capixaba, pode impactar a Serra em especial nos empregos, já que na cidade habitam trabalhadores da empresa ou de terceirizadas que servem à mineradora.

Risco de desemprego em massa

Segundo relatório da Vale do ano passado, 10.300 pessoas trabalham na área da empresa em Tubarão, entre funcionários próprios e terceirizados. Ao todo, são gerados 58 mil empregos associados aos negócios da mineradora no Espírito Santo. A Vale acrescenta que faz negócios com 523 fornecedores locais. Só para funcionários próprios, a mineradora paga R$ 806 milhões por ano, entre salários e benefícios.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal), Max Célio de Carvalho, já havia expressado essa preocupação no início de abril, destacando que a empresa é uma gigante no estado e responsável por muitos empregos diretos, indiretos (nas terceirizadas), além de fomentar uma cadeia de outras atividades, como comércio, alimentação etc.

Na última segunda (06), a justiça determinou novamente a paralisação do complexo de Brucutu, maior da Vale em Minas Gerais, cujo principal meio de escoamento é a Estrada de Ferro Vitória-Minas e o porto de Tubarão, além de abastecer as oito usinas de pelotização da Vale no Espírito Santo.

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Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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