Vivemos em um mundo que ainda carrega marcas profundas de exclusão e preconceito, especialmente contra pessoas com deficiência. Como alguém que enfrentou desafios e superou barreiras devido a uma deficiência auditiva, posso afirmar: o preconceito é um obstáculo que prejudica não apenas os diretamente afetados, mas toda a sociedade.
Ao longo da minha vida, aprendi que a inclusão vai além de palavras bonitas ou gestos simbólicos. Ela exige empatia, respeito e ações concretas, que partam de cada um de nós. No entanto, ainda hoje, muitas pessoas com deficiência enfrentam barreiras invisíveis, mas extremamente reais: olhares que subestimam, oportunidades negadas e a indiferença diante das suas necessidades.
Por muito tempo, a deficiência foi vista como um sinal de incapacidade, uma visão que precisa ser urgentemente transformada. Não somos definidos por nossas limitações, mas pela forma como enfrentamos os desafios e contribuímos para a sociedade.
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Pessoas com deficiência têm um papel fundamental na construção de um mundo mais diverso e rico em experiências. Ao excluir ou subestimar essas pessoas, todos perdemos. A inclusão é uma via de mão dupla: ao abrirmos espaço para todos, aprendemos e crescemos enquanto sociedade.
Convido você a refletir: o que significa, de fato, acolher a diferença? Não é apenas garantir acessibilidade ou criar políticas públicas, mas transformar mentalidades. É entender que cada pessoa tem valor e merece respeito, independente das suas condições.
A inclusão começa no cotidiano: em um gesto de acolhimento, na forma como ensinamos nossas crianças a respeitar as diferenças, no esforço para ouvir e compreender o outro. É nesse terreno que floresce uma sociedade mais justa e humana.
Minha trajetória me mostrou que superar o preconceito não é um ato solitário, mas um compromisso coletivo. Ao derrubar barreiras — sejam físicas, sociais ou emocionais —, estamos pavimentando o caminho para um futuro em que todos possam ser quem realmente são.
