Você chega em casa e encontra o sofá estraçalhado, o lixo revirado e um par de chinelos irreconhecíveis. Antes de perder a paciência, vale a pena entender o que pode estar por trás desse comportamento. Muitos cachorros que ficam sozinhos por longos períodos sofrem de ansiedade de separação, um distúrbio comportamental que gera estresse e comportamentos destrutivos.
Esse problema é mais comum do que parece e não é sinônimo de “falta de limites” ou “cachorro mimado”. O animal sente medo, solidão e insegurança. Alguns sinais incluem:
- Latidos ou uivos quando fica sozinho
- Destruição localizada (porta de saída, objetos do tutor)
- Urinar ou defecar em locais inadequados
- Salivação excessiva ou vômitos leves
Esses comportamentos são formas do cão tentar lidar com o desconforto emocional da ausência do tutor.
O que fazer?
1. Enriquecimento ambiental:
Ofereça brinquedos recheáveis, ossinhos seguros e desafios mentais. Estimular o cérebro do cão ajuda a aliviar o tédio e o estresse.
2. Treinamento de independência:
Treine seu cão para ficar sozinho aos poucos. Comece com minutos e vá aumentando o tempo gradativamente, sempre sem alarde.
3. Despedidas e chegadas neutras:
Evite despedidas longas ou reencontros exagerados. Isso só aumenta a ansiedade. Aja com naturalidade.
4. Considere ajuda profissional:
Um adestrador positivo e um veterinário comportamentalista podem montar um plano de dessensibilização específico para o seu pet.
Ignorar os sinais só piora a situação. Com paciência, treino e estratégias certas, é possível transformar o momento da sua ausência em algo mais tranquilo e seguro para o seu melhor amigo.

