O time de futebol feminino do Planalto Serrano, América ES, vai ter que treinar em outro bairro por falta de apoio. As 25 atletas que treinam no clube, estavam enfrentando dificuldades para ter acesso ao campo de futebol da comunidade e por este motivo o projeto social está migrando agora para o bairro Santo Antônio.
O América ES, atende meninas com idade entre 12 e 14 anos que amam o esporte e querem uma oportunidade para deslanchar na carreira de atleta. Para conseguir participar das competições, o técnico do clube e as jogadoras vendem biscoito de porta em porta e em comércios. Também fazem rifas e muitas vezes investem dinheiro de seu próprio bolso para dar luz ao sonho de se tornar jogadoras profissionais.
“Nós tentamos diversas vezes dar continuidade ao projeto que é de Planalto Serrano, dentro de Planalto Serrano, mas não obtivemos sucesso. Infelizmente teríamos que parar e esperar. Nessa decisão estamos indo para outro bairro. Os treinos estava sendo em Jacaraípe, mas devido as atletas serem assaltadas na altura de Barro Branco na volta pra casa, suspendemos os treinos lá”, conta Costa, técnico do clube.
Segundo Costa, que é o técnico do América ES, o projeto surgiu há quatro anos e há 12 meses, começou as atividades como time. “O clube começou por meio de esposas e namoradas de atletas do time masculino. Trabalhamos com meninas do Planalto Serrano e bairros adjacentes. Hoje temos 22 meninas no time A e B. Mas nosso projeto é liberado para jovens acima de 12 anos que queiram um espaço no futebol e que tem compromisso com o esporte. Nossa equipe principal já conta com meninas acima de 14 anos com grandes talentos. O espaço do América ES é aberto para todas”, conta Costa.
Em apenas um ano, as meninas do América ES já conseguiram participar de competições oficiais como a Copa ES, Taça ES, Copa América, Copa Serrana e Copa Silme. “Agora estamos treinando para os torneios Metropolitano e o Estadual de 7, este último vamos brigar por uma vaga no Brasileiro”, destaca o técnico.
Para participar da competição, as meninas vendem biscoitos que são comprados com dinheiro das próprias atletas e também do técnico Costa. “Compramos os produtos de uma empresa de Minas Gerais e revendemos. Também fazemos rifas e eu completo muitas vezes os valores que faltam com dinheiro do meu próprio bolso”, explica.