Nesta terça (13) a Polícia Civil divulgou detalhes sobre a prisão de Guilherme Costa e Philipe Fernandes, acusados pelo assassinato com mais de 28 tiros de Caio da Silva Belchior, de 21 anos, ocorrido no dia 24 de junho, em frente a uma distribuidora em Barcelona, na Serra.
O delegado da Delegacia de Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, Rodrigo Sandi Mori e o delegado geral da Polícia Civil- PCES, José Darcy Santos, forneceram informações sobre as investigações do homicídio e ressaltaram que a prisão de Guilherme, de 36 anos, impediu outros 8 possíveis assassinatos. Além disso, foi feito um apelo para a população ajudar na busca de Kevin Cristian, de 21 anos, um dos executores do crime e que ainda está foragido.
Quanto a Ramon de Moura, também indiciado pelo homicídio, foi informado durante a coletiva que o criminoso foi morto no dia 12 de julho de 2022 no bairro Novo Porto Canoa, porém, segundo Sandi Mori, o caso não tem relação com o crime ocorrido.
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Outro fato importante que foi exposto pelo delegado foi o motivo do crime: após sair da prisão depois de 8 anos, Guilherme queria recuperar o tráfico na região de Barcelona e por isso, matou Caio, seu concorrente direto e que inclusive traiu Guilherme durante a estadia deste na prisão para conseguir a liderança do tráfico na região.
Delegados falam sobre crime na Serra
“As investigações começaram logo após o crime, e foram identificados 4 suspeitos. O Guilherme, mandante do crime, foi o primeiro a ser preso ao longo de uma perseguição que perdurou desde Maringá até Mata da Serra. Em seguida, durante uma operação policial em Barcelona, Philipe Fernandes, de 21 anos, foi preso no dia 27 de julho”, disse Sandi Mori.
“Outro suspeito de executar Caio, Ramon de Moura Lima, foi vítima de homicídio no dia 12 de julho de 2022 no bairro Novo Porto Canoa. Já Kevin Cristian, outro suspeito, está foragido e reforçamos a população que nos comunique através do número 181 caso tenha alguma informação sobre o paradeiro do suspeito”, acrescentou o delegado, que em seguida ainda contou a motivação do crime.
“Em 2014, antes de ser preso, Guilherme comandava o tráfico no final do bairro de Barcelona, e durante sua prisão, Caio e outros amigos de Guilherme o traíram e tomaram o controle da região. Com sede de vingança, Guilherme se uniu com traficantes de Divinópolis, Maringá e Serra Dourada III para retomar o monopólio da região. Inclusive antes da morte de Caio, aconteceram duas tentativas sem sucesso”, disse.
“No dia 24 de junho, enquanto bebia cerveja com 2 amigos em uma distribuidora de Barcelona, Caio foi abordado por Kevin, Ramon e Phillipe, que estavam encapuzados e armados. Inicialmente, Phillipe pediu para que Caio levantasse a camisa e o atingiu com um tiro no rosto. Em seguida, os 3 criminosos disparam mais 28 tiros, sendo 17 no rosto”, indicou Sandi Mori.
Já o delegado José Darcy Santos ainda salientou a importância da prisão de Guilherme para impedir futuros crimes na Serra.
“Além de Caio, outros 8 traficantes estavam em uma lista na qual Guilherme planejava matar. Ele é um traficante perverso, cruel e impedimos outros crimes de acontecerem com a prisão dele.”
