Da “barrinha de cereal”, passando pelo político descolado nas redes sociais, às grandes obras, à interiorização dos investimentos públicos e à solidez fiscal do Espírito Santo: Renato Casagrande, governador do Estado, confirma-se como um fenômeno de popularidade em tempos tumultuados de polarização ideológica radicalizada e de intensas disputas entre grupos e narrativas.
É nessa linha que podem ser interpretados os dados da mais recente pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, que novamente demonstrou estatisticamente que Casagrande é um dos governadores mais bem avaliados do país e se mantém como forte candidato a qualquer cargo em que esteja apto a disputar nas eleições do próximo ano em território capixaba.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 17 de agosto de 2025, ouvindo 1.510 eleitores em 46 municípios capixabas. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de aproximadamente 2,6 pontos percentuais.
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Segundo o levantamento, 63,4% dos eleitores consideram a gestão de Casagrande ótima ou boa — sendo 23,4% ótima e 40% boa. Outros 24% avaliam como regular, enquanto 11% classificam como ruim ou péssima (4,6% ruim e 6,4% péssima). Apenas 1,7% não souberam ou preferiram não opinar.
No índice de aprovação, Casagrande também apresenta um resultado expressivo: 79,3% dos entrevistados afirmaram aprovar a forma como ele conduz o governo, enquanto 17,4% disseram desaprovar a administração estadual, e 3,2% não souberam responder.
Essa avaliação positiva se reflete diretamente em seu desempenho eleitoral. No mesmo levantamento, quando o Instituto mediu as intenções de voto para a disputa ao Senado, em que duas vagas estarão abertas, Casagrande lidera com folga nos dois cenários propostos pela Paraná Pesquisas.
No cenário 1, Casagrande aparece com 52,5% das intenções de voto, seguido por Paulo Hartung (sem partido), com 26,6%, e Lorenzo Pazolini (Republicanos), com 25,5%. Na sequência estão Sergio Meneguelli (20,5%), Fabiano Contarato (15,4%), Maguinha Malta (13,0%), Evair de Melo (9,1%) e Da Vitória (6,2%).
Já no cenário 2, sem a presença de Hartung, Casagrande amplia sua vantagem e chega a 56,2%, enquanto Pazolini sobe para 31,3%. Em seguida aparecem Sergio Meneguelli (24,4%), Fabiano Contarato (16,3%), Maguinha Malta (14,6%), Evair de Melo (9,9%), Da Vitória (8,3%) e Callegari (3,6%).
Em maio do ano passado, esta mesma coluna publicou um artigo que fazia um breve exercício histórico sobre a governança capixaba, destacando comparações com o período atual de Casagrande. À época, já se afirmava que o governador estava no auge de sua vida pública e se mantinha hegemônico dentro dos marcos da democracia. O cenário continua a se confirmar: Casagrande domina amplamente a política do Espírito Santo, e os dados de popularidade e desempenho do governo apenas reforçam esse contexto.

