Ala Pediátrica e UTI Neonatal do Hospital Materno Infantil terá nome da mãe de Sueli Vidigal

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Os vereadores da Serra aprovaram na sessão da última segunda-feira (07) um projeto de lei de número 366/2021 que denomina a Ala Pediátrica e a Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal do Hospital Materno Infantil “Rosa Rangel da Silva”, que é o nome da mãe da 1ª dama da Serra, Sueli Vidigal. O projeto é assinado pelos vereadores Paulinho do Churrasquinho e Willian da Elétrica (ambos PDT).

O documento foi validado pela maioria dos vereadores, que citaram a importância da articulação de Sueli quando ela ocupou a vaga de deputada federal visando viabilizar a obra.

Não é de hoje que equipamentos públicos da Serra têm seus nomes escolhidos em homenagem a pessoas que tiveram histórico na cidade ou com relação familiar com alguma autoridade. É o caso, por exemplo, da Rodovia Audifax Barcelos, que vem a ser o pai do ex-prefeito, e da EMEF Abrahão Gomes de Araújo, uma singela homenagem do atual deputado Alexandre Xambinho (PL) ao avô, entre outros.

Entre os parlamentares que criticaram ação está a vereadora Elcimara Rangel (PP), que votou contra e pediu a palavra para justificar seu voto. “Entendo que esse projeto fere o Regimento Interno, que diz que devem ser homenageadas pessoas que reconhecidamente tenham prestado serviços ao município. Quando li a justificativa, de que ela foi uma senhora que cuidou da família e criou os filhos. Essa não é uma justificativa para colocar o nome em um equipamento público. Por que criou, por que casou? Entendo que não é motivo suficiente para colocar nome no hospital, a não ser pelo privilégio ter sido mãe da primeira-dama. Não justifica, a não ser por uma motivação eleitoreira e política”, criticou.

Procurada pela reportagem, a primeira-dama da Serra, Sueli Vidigal, ponderou e disse que respeita a vereadora.

“Primeiro eu respeito muito a vereadora para tecer qualquer comentário a respeito da posição dela. A democracia nos permite o direito de livre expressão e o ensinamento que eu recebi desta Rosa (minha mãe), dentre tantas outras coisas, é que o respeito norteia o convívio com as pessoas que pensam diferente de nós.

Esta mulher chamada Rosa, simples que não teve segundo a vereadora nenhum grande currículo para que seu nome ficasse numa placa de um hospital, como se ser mãe, apenas mãe não lhe bastasse tamanha honraria, afinal ela só me deu a vida.

Mas, esta mulher engrossa as fileiras das mulheres e mães anônimas e me remete a história de outras 125 mulheres e mães anônimas que foram queimadas vivas numa fábrica em Nova York, porque estavam reivindicando melhores condições de trabalho para levar o sustento para seus filhos.

Seus patrões prenderam-nas na fábrica e tocaram fogo nelas vivas. E foi graças a estas mães e mulheres anônimas que foi criado o Dia Internacional da Mulher.

Quem dera que todas as mães pudessem ser homenageadas e eu fiquei muito feliz, porque recebi este presente da câmara da Serra, nominando uma ala do Hospital Materno Infantil com o nome na minha mãe e foi exato no dia 08 de Março, Dia Internacional da Mulher”.

 

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Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 21 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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