
Uma passageira do aplicativo de transporte 99Pop sofreu um acidente de carro que resultou em uma fratura de clavícula e diversos prejuízos financeiros e emocionais. Moradora de Carapina Grande, na Serra, Camila Lopes relata que o motorista do carro avançou o sinal vermelho e foi atingido por outro veículo em alta velocidade. O acidente aconteceu no dia 1º de abril.
A vítima foi socorrida pela Eco101 e pelo Samu e levada para o Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, em Morada de Laranjeiras, também na Serra, onde foi constatada uma fratura de clavícula. Após 15 dias de afastamento do trabalho, a jovem passou para reavaliação e recebeu um laudo médico que a levou do trabalho e das atividades acadêmicas por mais de 60 dias.
Por conta disso, a jovem afirma ter perdido seu estágio e está afastada dos estudos.
Segundo o relato da vítima, ela enfrenta dificuldades para receber o ressarcimento dos prejuízos causados pelo acidente. A empresa 99 Pop teria solicitado documentos sem nexo, como a Carteira Nacional de Habilitação, e ignorado os danos físicos, morais e psicológicos que teriam sido sofridos pela vítima.
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A passageira também se queixa da falta de suporte emocional e financeiro por parte da empresa, que teria deixado uma vítima desamparada e sem meios para arcar com os custos decorrentes do acidente.
No seu perfil do Instagram, a jovem pediu ajuda aos seus seguidores para divulgar o caso e sensibilizar a empresa 99Pop a arcar com as consequências do acidente. Ela ressalta que, se tivesse perdido a vida, seria apenas mais uma estatística, e que é necessário que as empresas de transporte se responsabilizem pelos danos causados aos seus passageiros.
“Preciso de ajuda, isso não pode ficar assim. E se eu tivesse perdido a vida? Seria só mais uma para estatística?”, questiona.
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99Pop não se pronuncia sobre acidente na Serra
Até a publicação desta matéria, a 99Pop não havia se pronunciado sobre as denúncias da passageira, moradora da Serra. O Jornal Tempo Novo entrou em contato com a empresa através da assessoria de imprensa, mas ainda não obteve retorno.
A reportagem aguarda o retorno da demanda e, caso os questionamentos sejam respondidos, o texto será atualizado com as informações.
Advogado diz que empresa pode ser responsabilizada judicialmente
O advogado Bruno Puppim conversou com o Jornal Tempo Novo e afirmou que a passageira, nesta situação, pode entrar com um processo judicial contra a 99Pop.
“Pelo que vi a empresa responde solidariamente. Aplica-se a responsabilidade objetiva pelo código de defesa do consumidor. Se a vítima não está conseguindo ajuda extrajudicialmente, tem que buscar por meio judicial”, relatou.

