Os prejuízos do cigarro para a saúde bucal

Considerado o principal vilão da saúde e do meio ambiente, o cigarro mata cerca de sete milhões de pessoas no mundo. Isso é comprovado em recente estudo feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A dentista Catarina Riva, aponta que além de ser responsável por doenças cardiovasculares e pulmonares, ele também tem grandes influências em doenças bucais, como o câncer de boca.

Catarina explica que o tabaco afeta a região da boca por inteiro. A dentista cita que a principal doença bucal que o tabaco causa é o câncer. Por conter cerca de sete mil substâncias químicas tóxicas, o tabaco pode influenciar na mutação gradual das células sadias na boca atingindo as regiões da cavidade oral, como lábios e gengivas, e também, a garganta. Para a prevenção é necessário adotar atitudes saudáveis, como parar de fumar e prática de atividades físicas.

Outra doença que mais acomete os fumantes é a periodontal. Responsável por enfraquecer os ossos e inflamar a gengiva, a doença resulta na formação de placas, que aumentam o número de bactérias prejudiciais que pode levar à perda do dente.

O fumo afeta os sentidos do paladar e do olfato e pode atrasar a recuperação após a extração de um dente ou qualquer outro procedimento dentário. Além disso, o alcatrão presente no cigarro, pigmenta os dentes, gera mau hálito e diminui o fluxo salivar. Isso afeta diretamente a “limpeza” fisiológica do próprio organismo.

A dentista explica que os benefícios de parar de fumar vão além da saúde bucal. “Quando o paciente deixa de fumar seu organismo passa a funcionar de uma maneira mais eficaz. A parte circulatória, respiratória e até mesmo física apresenta uma grande melhora”, finaliza Catarina.

Grupo de Apoio ao Tabagista

No município da Serra, aproximadamente 500 pessoas por ano recorrem aos Grupos de Apoio ao Tabagista. São iniciados quatro grupos por ano, totalizando 24 grupos. Cada um deles é composto por aproximadamente 20 pessoas.

A inscrição pode ser feita na Unidade de Saúde mais próxima do usuário, e o pedido é encaminhado para uma das seis Unidades Regionais onde há o atendimento por meio dos grupos.

O acompanhamento é feito por uma equipe multidisciplinar. O tratamento também dispõe de medicações específicas para os pacientes inseridos no Grupo de Apoio ao Tabagista, caso necessário, com o intuito de auxiliar no período de adaptação sem o cigarro. Entre os medicamentos estão adesivo de reposição de nicotina, goma de mascar e comprimido para controle de ansiedade. Para a medicação, é feita avaliação clínica e nível do teste de dependência.