Desde 2008, no boom imobiliário da Serra, uma fatia se voltou para a classe média e média alta. Imóveis de R$ 400 mil ou mais passaram a existir. Com isso, o perfil do morador serrano mudou, gerando grande demanda por serviços e produtos de qualidade. Já a oferta não vem crescendo na mesma proporção.
O poder aquisitivo do serrano evoluiu em dez anos. Em 2000 a renda per capita era de R$ 472. Já em 2010, R$ 705. A porcentagem de pobres em 2000 que era de 20,5%, caiu para 6,1% em 2010.
Do Instituto Jones dos Santos Neves, Victor Nunes Toscano, explica que o crescimento dessa classe com mais recursos tem um impacto sobre o padrão de consumo. “Quando a renda familiar cresce, também cresce a exigência por serviços e produtos mais sofisticados o que muda também a característica dos estabelecimentos do entorno”, destaca Toscano.
A coordenadora do Sebrae Serra, Adriana Rocha, explica que a classe média recém-instalada demanda por produtos e serviços pouco ofertados. “Faltam restaurantes mais sofisticados ou temáticos, academias, clínicas de estética, pet shops, escolas, creches com serviços diferenciados e lavanderias, por exemplo”, apontou.
Com um grande leque de oportunidades, Adriana Rocha lembra que mesmo existindo demanda, ao pensar em empreender é importante observar dois aspectos: a oportunidade que se apresenta e a sua capacidade de gestão.
“Uma pesquisa de mercado para validar a oportunidade, um bom Plano de Negócio para demonstrar a viabilidade econômica e financeira do negócio e investir na capacitação empresarial são passos igualmente importantes’, destaca Adriana.
O prefeito da Serra, Audifax Barcelos, disse que a administração já detectou esse novo perfil e vem trabalhando para atrair empreendimentos para atender esse público, além de um Plano de Desenvolvimento.
