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Opinião do leitor | Só agora lembramos da África?

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A covid-19 é a responsável pela mudança de hábitos no mundo inteiro desde sua descoberta, sendo a companhia indigesta e frequente de todos. A vacinação, grande esperança, aguardada ansiosamente por todos gerou a expectativa por dias melhores que vieram, mas que parecem comprometidos, com a notícia de uma quarta onda em virtude de um surto da doença na África.

A despeito das narrativas políticas sobre a doença, o consenso lúcido chegou à conclusão de que somente com a vacinação em massa a doença poderia ser combatida e controlada. É preciso que estejamos vacinados para evitar transmissões e casos graves, não bastando que fique restrita à pequena parcela da população.

Embora no Brasil a vacinação já tenha superado 62,25% da população, a visão nacional não é suficiente e sim a global, haja vista o tamanho do inimigo que enfrentamos e é aí que chegamos no ponto: na corrida por vacinas, muito pouco se ouviu falar a respeito de como estava a vacinação na África.

A nova variante encontrada na África, em um momento em que o planeta reabre suas portas, jogou luz sobre, além da necessidade de um ritmo de vacinação mais igualitário entre as nações, a necessidade de solidariedade entre povos.

A África é um continente que possui em torno de 1,216 bilhão de pessoas e uma história de sofrimento, injustiça, violações de direitos, falta de direitos básicos, explorações, notadamente, causados pela colonização e pela divisão forçada promovida pelos europeus que, em resumo, sentaram numa mesa e dividiram com régua os países africanos, misturando etnias, surrupiando seus recursos minerais e naturais, e incentivando o autoritarismo sobre aquelas nações.

Estarrece saber que no fim de outubro de 2021 a África inteira tenha chegado somente a 6% de sua população integralmente vacinada e a previsão da OMS é de que somente cinco países daquele continente até o fim deste ano conseguirão vacinar ao menos 40% de sua população (hoje apenas três alcançaram essa marca: Ilhas Maurício, Ilhas Seychelles e Marrocos).

Essa ausência de vacinação, sem dúvida, aliada à interação humana e à mutação do vírus são capazes de criar ramificações da doença que causam reflexo no mundo inteiro. Não se sabe, ainda, efetivamente quais os sintomas que a variante pode causar e nem a força que a vacinação terá sobre os novos casos. Em resumo, o medo se acentua.

Além disso, a nova onda da covid-19 joga luz em outro aspecto torpe da humanidade, a capacidade de estigmatizar – denominar de variante africana –, de segregar e de apontar erros sobre as condições de seus pares, como se a vacinação estivesse atrasada tão somente por uma incapacidade da África, como se ela fosse um peso para o planeta.
Não bastasse todo o abandono e injustiças históricos suportados pela África, na corrida das vacinas não parece ser diferente.

A União Africana afirmou que criou o Fundo Africano para Aquisição de Imunizantes e que esta entidade encontra dificuldades de adquirir vacinas dos fabricantes – majoritariamente europeus. As dificuldades vão desde patentes à limitação de oferta. Uma realidade africana, boa parte das vacinas que chegou ao continente veio de doações e não de compras por suas nações, preteridas pelos fabricantes que preferem vender para países ricos.

Esquecemos, de fato, que a vacinação é uma necessidade global e, como um conjunto de nações, todos somos igualmente responsáveis pelos nossos próximos, isso é solidariedade. Não há como o mundo ir bem se países apresentam taxas irrisórias de vacinação. A pobreza, reflexo da desigualdade, mais do que nunca precisa ser enxergada e amparada, pois, como bem observado pelo Doutor Diego Mayer que levantou esse debate em suas redes, não tem como o mundo ir bem, sem olhar e salvar os pobres.

Gilson Gomes Filho é especialista em Direito Administrativo.

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