Músico, compositor, arranjador, produtor, figurinista e empresário do meio musical. É grande a lista de talentos do morador de Chácara Parreiral Romero Figueiredo. Nascido em Ecoporanga, noroeste capixaba, Romero escolheu a Serra em 1986 para residir e tornou-se um dos mais criativos artistas locais, com trabalho reconhecido dentro e fora do Espírito Santo.
Um dos projetos mais bem sucedidos que tem sua digital é a Black Sete. A banda, da qual é um dos mentores e ainda hoje empresaria, é referência na noite capixaba há 22 anos, desde quando se chamava Jet Set. Mas a história de Romero com grupos musicais começou bem antes. “Tive uma banda em Ecoporanga, a Luz do Sol. Na Serra, a primeira foi o conjunto Du Luar”, conta.
Segundo ele, o Du Luar tinha cara de MPB e se inspirava em grupos como Boca Livre, Roupa Nova e 14 Bis. “Era uma banda mais de vocal, brincávamos com as vozes. Gravamos a música ‘Manguinhos’, composta por mim para participar de um disco da primeira Lei Rubem Braga, o qual era formado por uma compilação de músicas autorais de capixabas”, lembra.
Romero destaca que o grupo passou a tocar em bares icônicos da década de 1980 na noite da Grande Vitória, como Bordel, Picadeiro, Chalana e Moinho, além de bailes. “Antes disso, tínhamos uma banda que tocava nas esquinas. Em Laranjeiras, tinha uma pracinha onde encontrávamos um monte de gente: Murilo Godoy, Stuéssio, Paulinho, Luiz Tozato…”, enumera.
Na década seguinte, veio a experiência de participar da criação de uma banda retrô, com uma pegada da disco music. Era a Jet Set, criada em 1997 em parceria com Pedro Jorge, Beto Bala, Cristiano Munhão e Kako Tovar. “Naquela época, percebemos que pessoas acima dos 30 anos não estavam satisfeitas com o axé music. Então, montamos uma banda retrô, com músicas dos anos de 1970 e 1980”, destaca.
Anos depois, a banda mudou o nome para Black Sete, mas manteve a essência da proposta artística da Jet, focado em releituras de clássicos das décadas de 1970 e 1980. “Ninguém do Espírito Santo até hoje fez o que a gente fez: ficar em cartaz 11 anos seguidos numa sexta-feira. Foram nove anos no Barra Acústico (Barra do Jucu) e dois no Extravaganza (Camburi). Tocamos com gente como Biafra, Sandra de Sá, Emerson Nogueira e Edson Cordeiro”, lembra.
Além de dividir o palco com esses artistas nacionais, a Black Sete gravou com Guilherme Arantes a canção “Fácil Fácil”, composta por Romero. O artista também lançou o conjunto Zébelera, com forte pegada autoral, e a Mixtureba, grupo de tecnobrega com pitada de irreverência, cujo cantor Biriba foi garimpado no circuito de prostituição do Copo Sujo, em Jardim Limoeiro.
Versátil, Romero tem mais de 400 músicas compostas, de forró a MPB, passando pelo pop rock e reggae. Outros dois projetos de que participou foram as bandas Santero e Condado. Ajuda, ainda, na concepção do figurino das bandas, nos videoclipes e nos arranjos musicais. Aos 55 anos, Romero está em plena atividade e sua obra robusta certamente deixará um sólido legado no universo da música capixaba.
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