Por Bruno Lyra
O Contorno do Mestre Álvaro deve abrir novas frentes de ocupação urbana na Serra. O novo traçado da BR 101 vai passar na região entre os polos industriais – Piracema e Jacuhy (na extremidade sul) e o polo Serra Norte (na extremidade norte), que fica após o posto da Polícia Rodoviária Federal no sentido Fundão.
Caso a nova via realmente saia do papel, ela formará um corredor interessante para os portos de Vila Velha. Isto porque carretas e caminhões poderão passar por ela, acessar o Contorno de Vitória, dali pegar o trecho comum BR 262/BR 101 entre a Ceasa em Cariacica e a fábrica da Real Café, onde ficará a extremidade de uma outra rodovia nova: a Leste – Oeste, cujas obras estão sendo finalizadas.
Com a Leste – Oeste concluída, o escoamento da produção (ou chegada de matérias primas e equipamentos) fluirá direto até a rodovia Darli Santos, de onde se acessa os terminais portuários de Vila Velha. Como são vias de trânsito rápido, com bem menos semáforos e cruzamentos existentes nas ruas e avenidas que cortam o interior dos bairros, haverá menos consumo de combustível e ganho de tempo.
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Certamente o mercado imobiliário já enxergou essa possibilidade. É preciso que o poder público enxergue também, para fomentar a vinda para a Serra de empreendimentos que possam se beneficiar dessa nova realidade viária que está prestes a se concretizar.
Mas é preciso considerar a fragilidade ambiental do entorno do Mestre Álvaro, com seus alagamentos periódicos e secos, que expõem o solo turfoso a incêndios prolongados. Nada que um bom projeto de drenagem e gestão ambiental não possa resolver, com a preservação e recuperação de áreas para compensar os impactos que estão por vir.
