
Como em toda mudança de fluxo de trânsito, o 1º dia é o mais complicado. Foi o que ocorreu na última segunda-feira (27) nas proximidades da Rotatória do Ó em Laranjeiras, quando motoristas ficaram agarrados no congestionamento por até 1h30 para sair de Morada de Laranjeiras e acessar a BR-101 pela Eldes Sherrer de Souza. Nesta terça-feira (28), o trânsito já estava bem melhor e o tempo para atravessar o trecho que sofreu alterações caiu para 15 minutos.
Também foi observados ajustes como alteração semafórica em trechos da Av. Talma Ribeiro Rodrigues e a presença mais intensa de agentes do Departamento Operacional de Trânsito (DOT) da Serra. De acordo com a Prefeitura da Serra, as mudanças são necessárias para dar continuidade nas obras da Rotatória, que vai ganhar um mergulhão bifurcando a Av. Eldes pela direita para acessar Morada de Laranjeiras através da Av. Paulo Pereira Gomes; e a esquerda em direção a Jacaraípe pela Av. Talma.
Outro fator que ajudou a diminuir a pressão nos arredores da Rotatória foi o uso da ES-010 como rota de fuga. Essa via liga a região no fim da Av. Paulo Pereira Gomes e tem acesso a Laranjeiras passando por dentro de Chácara Parreiral ou mais a frente pelo bairro Valparaíso. A ES-010 também dá acesso a Av. Norte Sul no entroncamento próximo ao Golaço, e por isso, foi utilizada como rota para motoristas que queria ir para Vitória e evitar a Rotatória do Ó.
Leitores do TN enviaram registrados de aumento no fluxo de trânsito na ES-010, mas longe de ocasionar em um congestionamento quilométrico semelhante ao da última segunda-feira.
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Mas o item tido como fundamental para as comunidades impactadas pela obra da Rotatória é a celeridade na construção. É o caso do professor Leonardo Rocha, popularmente conhecido como Prof. Léo. Ele é vice-presidente da Comunidade de Morada de Laranjeiras.
Segundo ele a obra é extremamente importante para atender o bairro, porém duas questões incomodaram a Associação do bairro: “a primeira é a sensação de que o ritmo da obra deu uma desacelerada, isso nos preocupa; a segunda questão é em relação as mudanças no trânsito. Achamos que foi mal sinalizado, houve falhas, isso porque a sinalização horizontal dizia uma coisa e a sinalização vertical dizia outra. Com certeza confundiu muito as pessoas e atrapalhou o fluxo de trânsito”, disse Prof. Léo.
Leitores do TN também têm entrado em contato com há algumas semanas para se queixar que a obra estaria paralisada. Em contato recente com a Prefeitura da Serra, o município negou essa informação, mas confirmou o ritmo lento devido a mudanças no Projeto do Programa de Mobilidade Urbana da Serra.
“Em 2014, o Projeto do Programa de Mobilidade Urbana da Serra, tinha previsto a implantação de BRT em várias vias do município. Como o BRT não foi adiante, em 2017 ficou decidido que o projeto seria realizado em etapas. Por conta das alterações, o projeto das obras do Ó precisou passar por adequações e isso fez com que os ritmos dos serviços fossem reduzidos, mas não paralisados”, disse a Prefeitura.
A Seob esclareceu, ainda, que já está planejada a retomada dos serviços maiores, como a implantação da passagem inferior 1 e que a obra terá outras frentes de serviços posicionadas para realizar a implantação das passagens inferiores 2 e 3.
“A primeira fase das obras trata-se do trecho que liga o Terminal de Laranjeiras à Rotatória da Biancogres, na Av. Talma Rodrigues”, explicou. Vale destacar que é exatamente esse trecho que sofreu as intervenções no fluxo de trânsito. (Detalhamos todas as mudanças em uma matéria recente, basta clicar aqui para conferir).

