Motoristas do Uber denunciam agressões de taxistas na Serra

Serviço do Uber ainda não é regulamento no município, mas já tem serranos atuando e oferecendo alternativa ao consumidor
Compartilhe:
Cada vez mais consumidores têm buscado o serviço através de aplicativo de celular, mas motoristas que atuam no município relatam intimidação e até agressão de taxistas, por isso, fizeram um protesto no último dia 11, em frente ao Shopping Mestre Álvaro. Foto: Divulgação Agência Brasil

 

Cada vez mais consumidores têm buscado o serviço através de aplicativo de celular, mas motoristas que atuam no município relatam intimidação e até agressão de taxistas, por isso, fizeram um protesto no último dia 11, em frente ao Shopping Mestre Álvaro. Foto: Divulgação Agência Brasil

Por Caio Dias

O custo menor das corridas e o zelo no trato ao cliente, tem levado cada vez mais pessoas ao aplicativo Uber na hora de se delocar na Grande Vitória. E na Serra não é diferente, apesar do serviço ainda só estar regulamentado na capital Vitória.

Apesar dos ganhos com a nova atividade,  os motoristas do Uber que atuam na Serra tem vividos momentos de apreensão. Entre eles é comum o relato de agressões e intimidações por parte de taxistas, revoltados com a concorrência. Tanto que no último dia 11 de janeiro, motoristas do Uber fizeram uma manifestação em frente ao Shopping Mestre Álvaro, em Eurico Salles para denunciar a insegurança.  

O estopim aconteceu no dia anterior quando taxistas serranos jogaram ovos contra o carro de um motorista do Uber na Avenida Central em Laranjeiras.  Outra confusão aconteceu no final do ano passado, desta vez envolvendo o segurança de uma churrascaria em Laranjeiras. O caso repercutiu nas redes sociais.

O funcionário do estabelcimento não permitiu que o motorista entrasse no estacionamento para pegar clientes que tinham solicitado o serviço. Segundo esse motorista, o segurança chamou taxistas para intimidá-lo.  

Tempo Novo conversou com um motorista serrano do Uber. Sob o nome fictício de Carlos para preservar sua segurança, ele concordou em falar sobre a situação. Há pouco mais três meses, o entrevistado se cadastrou no aplicativo. Antes disso, ele era supervisor de equipe numa multinacional de telecomunicação. Carlos afirma estar satisfeito com os cerca de R$ 800 faturados por semana.

“Trabalhar na Serra é bom e ruim ao mesmo tempo. No município a quantidade de corridas é menor se comparado a Vitória, mas as distâncias percorridas são maiores.  Já fui abordado por um grupo de taxistas na avenida Eudes Scherrer, em Laranjeiras, me dizendo que ali ele não poderia trabalhar.  Disse a ales que só a polícia me impediria de fazer as corridas”, relata. 

O Sindicato dos Profissionais dos Motoristas de Taxi do Espírito Santo (SINTAVI-ES) foi questionado sobre as ameaças e agressões feitas a motoristas da Uber e por meio de nota afirma que não tem conhecimento dos atos e nem apoia nenhum tipo de represália.

A Prefeitura da Serra afirma que o uso de aplicativos para corridas pagas em veículos particulares não consta do Código de Posturas da Serra, mas está aberta ao diálogo e às demandas da população. Diz também que não foi procurada pela Uber.

Quer receber notícias diretamente no seu email? Preencha abaixo!

Sua inscrição não pôde ser concluída. Tente novamente.
Enviamos um e-mail para você. Se não aparecer na caixa de entrada, dá uma olhadinha no spam.

Notícias da Serra/ES no seu email

Resumo diário, gratuito e direto no seu e-mail:

Foto de Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

Leia também