Motoristas de aplicativo anunciam greve na Serra

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Motoristas de aplicativo
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Motoristas de aplicativo Serra
Motoristas de aplicativo de todo o Brasil prometem paralisar suas atividades, inclusive, na Serra. Crédito: Divulgação

Motoristas que trabalham por meio de aplicativos como Uber e 99 prometem parar na próxima segunda-feira (15) para pressionar as empresas a aumentarem os repasses e valores mínimos por corrida. A expectativa da categoria é que a greve aconteça em todo o Brasil. No Espírito Santo, haverá adesão por parte dos trabalhadores, inclusive, na Serra.

A convocação para que os aplicativos fiquem desligados tem sido feita há alguns dias em grupos de mensagens e por influenciadores, motoristas que mantêm canais no Youtube onde divulgam suas rotinas e falam do dia a dia ao volante.

Luiz Fernando Muller, presidente da Presidente Amapes (Associação de Motoristas de Aplicativo do Espírito Santo), afirmou ao Jornal Tempo Novo que os profissionais vêm sofrendo, nos últimos anos, uma severa diminuição na rentabilidade do seu trabalho, sem que as plataformas promovam nenhuma espécie de reajuste significativo para seus ganhos.

“Esse fato tem provocado a insatisfação dos motoristas e até a desistência de alguns de continuarem prestando o serviço, o que acaba refletindo na diminuição da oferta de veículos para os passageiros e os altos índices de cancelamento de viagens”, disse.

O presidente da associação ainda afirmou que os motoristas irão se concentrar, na segunda-feira, na Praça do Papa, em Vitória, a partir das 10 horas. No local, será feito um ato silencioso e adesivação dos veículos.

A principal queixa dos motoristas, segundo Muller, é que a taxa de retenção aplicada pelas companhias é variável. Ou seja, o percentual que elas cobram do condutor por cada corrida muda. Os maiores aplicativos costumavam cobrar percentuais fixos sobre as corridas, que ficavam entre 19% e 25% de cada corrida.

Atualmente, essa mordida pode ser, segundo os condutores, de 40% e muda de acordo com o volume de corridas feitas na semana, os horários de trabalho e os períodos do mês. Eles colecionam relatos de descontos de até 60% no valor da corrida.

Reclamam também que eventuais reajustes nas tarifas cobradas de passageiros não chegam aos motoristas, justamente porque a retenção feita pelo aplicativo é variável.

Nos vídeos em que divulgam a paralisação, os motoristas influenciadores pedem que os colegas reforcem os ganhos nos dias que antecedem o protesto, como no domingo (14), Dia das Mães, para que fiquem mais tranquilos com o dia parado.

Além do ganho mínimo de 10 reais por corrida, os motoristas reivindicam também um maior valor pelo quilômetro rodado e pelo tempo da viagem.

As empresas foram procuradas, mas não comentaram.

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Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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