A morte de uma bebê de quatro meses na madrugada da última terça-feira (25) levou a Prefeitura da Serra a abrir uma investigação sobre o atendimento recebido pela criança em duas unidades de saúde, primeiro na UPA de Castelândia, em Jacaraípe, e depois na UPA do Hospital Infantil de Laranjeiras. Com a morte, a família registrou um Boletim de Ocorrência, onde a Polícia Civil classificou o caso como “morte a esclarecer”.
Os pais da bebê afirmam que houve falta de um diagnóstico preciso durante o atendimento. Segundo a família, a criança começou a apresentar dificuldade para respirar, sendo levada inicialmente à UPA de Castelândia, em Jacaraípe, onde recebeu lavagem nasal, ficou no soro e passou por exames, que não indicaram alterações. Após algumas horas, a bebê foi liberada um pouco antes da meia-noite.
Já em casa, o quadro teria piorado rapidamente. Cerca de uma hora depois, a bebê começou a chorar intensamente e a família decidiu levá-la a UPA do Hospital Materno-Infantil, onde os médicos e enfermeiros notaram que dedos, mãos, boca e até os olhos da criança começaram a apresentar sinais de cianose, o que fez a equipe encaminhá-la imediatamente para a emergência.
Segundo os pais, o atendimento teria sido marcado por indecisões sobre a conduta médica, com tentativas diversas de medicação que não apresentaram resultado. Após várias horas sem melhora, a equipe optou pela sedação e posterior intubação, mas a bebê não resistiu e morreu durante o procedimento.
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O que dizem as autoridades?
Em nota, a Prefeitura da Serra informou que lamenta a morte da bebê e que acompanha o caso de perto, adotando as medidas administrativas necessárias para garantir transparência e segurança na prestação dos serviços de saúde. O município afirmou também ter contactado a família para oferecer apoio.
A administração destacou que as apurações já foram iniciadas e que a Organização Social responsável pelo gerenciamento e pela execução do Pronto Atendimento Infantil foi formalmente notificada.
Já a Polícia Civil informou que o caso foi registrado como morte a esclarecer. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, para ser identificado e para ser feito o exame cadavérico. Apenas após os exames será possível confirmar a causa da morte.
