Manelão, líder do tráfico na Serra, é condenado a 39 anos de prisão

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Romário Pereira dos Santos, conhecido como “Manelão”, foi condenado a 39 anos. Crédito: Divulgação.

Um dos principais líderes do tráfico de drogas na Serra, Romário Pereira dos Santos, conhecido como “Manelão”, foi condenado a 39 anos, 4 meses e 15 dias de prisão. A sentença foi resultado da atuação do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça da Serra, que sustentou a acusação contra o réu por tripla tentativa de homicídio contra Wesley Cavalcante Martins, Jordian Cavalcante Martins e Felipe de Tal.

Atualmente preso preventivamente, Romário cumprirá a pena em regime inicialmente fechado. As investigações apontaram que ele exercia papel de liderança no tráfico de drogas na região de Carapina Grande, na Serra.

O julgamento pelo Tribunal do Júri aconteceu na última quarta-feira (13), no Fórum Criminal da Serra. Na ocasião, o Ministério Público apresentou as provas da denúncia que levaram os jurados a condenar o réu por tripla tentativa de homicídio qualificado (motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa das vítimas).

Entenda o caso

O crime ocorreu em 9 de março de 2012, na Serra. À época com 20 anos, Romário, acompanhado de outros indivíduos armados ainda não identificados, tentou assassinar Wesley, Jordian e Felipe. O ataque, realizado no bairro André Carloni, foi motivado por conflitos relacionados ao tráfico de drogas na região. As vítimas só sobreviveram porque conseguiram fugir.

Denúncia e prisão preventiva

O Ministério Público apresentou denúncia contra Romário em 2015, por três tentativas de homicídio qualificado, com uso de arma de fogo e em contexto de disputa por território do tráfico.

Em 29 de outubro de 2019, foi proferida decisão de pronúncia, que submeteu o acusado a julgamento pelo Tribunal do Júri.

Embora respondesse inicialmente em liberdade, as investigações comprovaram que Romário continuava atuando no tráfico de drogas, exercendo influência direta no comando das atividades ilícitas em Carapina Grande e intimidando moradores da região. Diante desse cenário, o MP requereu a prisão preventiva, que foi decretada pela Justiça antes da realização do júri popular.

Foto de Yuri Scardini

Yuri Scardini

Yuri Scardini é diretor de jornalismo do Jornal Tempo Novo e colunista do portal. À frente da coluna Mestre Álvaro, aborda temas relevantes para quem vive na Serra, com análises aprofundadas sobre política, economia e outros assuntos que impactam diretamente a vida da população local. Seu trabalho se destaca pela leitura crítica dos fatos e pelo uso de dados para embasar reflexões sobre o município e o Espírito Santo.

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