Maior fabricante de armas artesanais da Serra e 1º a fazer submetralhadoras no ES é preso pela PC

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A Polícia Civil (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Armas e Munições (Desarme), deflagrou, na última sexta-feira (24), a Operação “Rhoncus”, que desarticulou um grupo criminoso investigado por fabricar e vender armas e munições para traficantes de drogas. Oito suspeitos foram presos, entre eles um homem de 36 anos considerado um dos maiores fabricantes de armas artesanais do município da Serra. Segundo as investigações, ele foi o primeiro a fabricar e comercializar submetralhadoras artesanais no Estado.

A operação ocorreu na Serra e foi realizada com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco), Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária (DCCOT) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Os resultados foram divulgados em entrevista coletiva, na manhã dessa terça-feira (28), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.

De acordo com o titular da Desarme, delegado Christian Waichert, o Inquérito Policial teve início no ano passado, após a Polícia Militar (PMES) encontrar uma fábrica clandestina de armas, na Serra. A investigação apontou que a fábrica pertencia ao homem de 36 anos, que produzia, principalmente, submetralhadoras e escopetas de calibre. 12. Ele foi detido em cumprimento ao mandado de prisão preventiva, na Serra, na última sexta-feira (24).

Nas diligências da Operação “Rhoncus”, os policiais também cumpriram outros dois mandados de prisão e prenderam, em flagrante, mais cinco indivíduos.

“O indivíduo que prendemos atuava no comércio ilegal de armas desde o ano de 2016. Durante as investigações, ficou comprovado o envolvimento dele não só com a fabricação de armas de fogo, mas com a manutenção de armas de fogo de outros criminosos”, explicou o delegado.

O investigado utilizava vários locais distintos para confeccionar as armas e contava com a ajuda de terceiros para não ser capturado, segundo o responsável pelas investigações. Em uma das residências que o suspeito já utilizou como fábrica clandestina, na Serra, foram encontrados ferramentas, canos e materiais diversos, usados para montar os armamentos.

Em depoimento, o suspeito alegou que nos últimos meses estava trabalhando como caminhoneiro, porque estava com medo de ser morto por criminosos que passaram a exigir que ele fabricasse as armas.

“Em 2016, ele já tinha passagens por porte ilegal de arma de fogo. Em 2018, foi concedido um alvará de soltura. Nessa época, ele foi responsável por efetuar um disparo acidental, que atingiu a irmã e o cunhado, dentro de um veículo, enquanto estava testando a arma”, disse o titular da Desarme.

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Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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